Visando diminuir os seus gastos, já que sua
conta não tem fechado, a Record estuda fazer uma reformulação ousada.
Segundo o jornal “Folha de S. Paulo”, a
emissora pensa em terceirizar toda a sua programação. Ou seja, programas como
“Legendários”, “Programa do Gugu”, “Hoje em Dia” e as novelas do canal seriam
produzidos por produtoras independentes e comprados pela Record.
De acordo com a publicação, caso isso
aconteça, os custos caíriam em cerca de 40%, porém a emissora demitiria vários
profissionais e seus estúdios em SP e no Rio poderiam ser locados ou
desativados.
Segundo diretores do canal, com o atual
momento da economia brasileira, o balanço da Record está desfavorável, já que
os anunciantes estão mais dispostos a investir na Copa do Mundo de 2014 e o
governo está dando incentivos fiscais para produções independentes. Ou seja,
para a emissora, atualmente, não é um bom negócio ser uma produtora de
conteúdo.
Os
mesmos dirigentes ouvidos pela reportagem dizem que o canal fechou 2012 com um
prejuízo de R$ 80 milhões. Procurada, a emissora não quis comentar o assunto.
Em tempo:
O modelo de terceirização já foi adotado por algumas emissoras no Brasil, porém
nunca de forma tão grandiosa como a Record estuda.
A Globo produziu algumas de suas séries, como
"Som e Fúria" e "Suburbia", com a parceria de produtoras. A
própria rede de Edir Macedo também trabalhou desta forma com "Turma do
Gueto" e as primeiras temporadas de "O Aprendiz" (ambos via
Casablanca).
Já em relação às novelas, tramas como
"Floribella" e "Dance Dance Dance", na Band, foram feitas
com a parceria de produtoras. Na Record, esquema similar foi adotado no
passado, com "Metamorphoses", da Casablanca, e outras tramas como
"Louca Paixão", da JPO Produções, do empresário João Paulo Vallone.
No exterior, o sistema de terceirização é bem
mais consolidado. As emissoras de TV da Argentina adquirem de produtoras alguns
programas, como o "CQC" e novelas. O mesmo acontece com canais dos
Estados Unidos, de maneira bem mais extensa.
Fonte: Na Telinha
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