Primeiramente, queria prestar minha
solidariedade aos funcionários demitidos na última semana pela Rede Record.
Segundo, eu queria perguntar: o que está acontecendo com a emissora que parecia
que ia longe, mas que não está chegando nem perto?
De uns tempos pra cá, a Record tem dado a
desculpa de que vai cortar gastos. E foi essa a justificativa para demissões.
Bom, sobre isso, eu queria citar a finada Rede Manchete. Não, não acho que a
Record vá falir. Mas a Manchete, como todos sabem, nunca teve uma vida
financeira muito boa. Porém, mesmo com crises, Adolpho Bloch nunca chegou a
demitir em massa. E o motivo, eu retiro de um trecho do livro “Rede Manchete –
Aconteceu, virou história”, de Elmo Framcfort.
“Seu Adolpho, mesmo com as promissárias
atrasadas, odiava demitir, não só porque era de ‘coração mole’, mas também
porque sabia que naqueles tempos de crise, era complicado um profissional
conseguir emprego. Ele sabia que os funcionários tinham família e bocas para
alimentar”. O trecho é peculiar porque mostra o seguinte: o dono da Manchete só
tinha dinheiro para um ou para os funcionários. Ele sempre decidiu pela segunda
opção, porque sabia da responsabilidade. E me parece que a Record se esqueceu
dessa responsabilidade. Não é só esse argumento que tenho, falarei mais alguns.
Pelo que eu fiquei sabendo, alguns diretores
de emissoras da Record, que também são pastores da Igreja Universal, estão em
Jerusalém, com tudo pago. E outra coisa que também ressalvo, é que essa crise
na emissora tenha vindo justamente quando a Igreja esteja injetando dinheiro no
tal “Templo de Salomão”. E o último é o seguinte: o diretor comercial da
Record, Walter Zagari, não disse que a emissora tinha tido aumento em seu
faturamento no ano passado? Se teve aumento, como não tem dinheiro?
Me parece que a Record não está sabendo ter
uma grande virtude: responsabilidade com o seu empregado, com pessoas, com
gente que tem bocas para alimentar. É uma pena que isso venha logo de uma
emissora que tenha sua programação destinada ás classes C, D e E. Triste.
Fonte: Gabriel Vaquer, do Na Telinha
Nenhum comentário:
Postar um comentário