Elogios devem ser feitos a Bruna Marquezine – que vive Marizete, a protagonista de “I Love Paraisópolis”. Ela é uma Cinderela moderna, que briga pelo que quer. De uma beleza brasileira e natural, Bruna dispensa todos aqueles truques que fazem uma atriz parecer um ser inalcançável. Ou que fazem Marizete soar como uma personagem de novela mexicana. Bruna Marquezine é talentosa e carismática, e se vale apenas disso para interpretar sua heroína. E esbanja química com seus pares Grego (Caio Castro) e Benjamim (Maurício Destri).
Contudo, o que seria de “I Love Paraisópolis” sem o timaço de coadjuvantes que Wolf Maya (o diretor de núcleo) e Alcides Nogueira e Mário Teixeira (os autores) conseguiram reunir! Alguns, desconhecidos do grande público, mas com larga experiência. É novela das sete horas e, de acordo com a fórmula, o humor é imprescindível.
Para começo de conversa tem Tatá Werneck, e não se espera outra coisa, não é mesmo?! Danda, é estabanada, fala rápido e parece com o pensamento sempre avante da ação. O inglês macarrônico da personagem rende bastante. Frank Menezes, que vive o mordomo Júnior, é o que mais tem arrancado o riso. Seu bordão “favelaaaaaaada!” já é um sucesso. A dobradinha com a empregada Melodia (Olívia Araújo) é impagável. (Foto acima)
Não vou descrever as características e os méritos de cada um dos personagens/atores, porque são tantos e ficaria repetitivo. Mas como não se divertir também com Paula Cohen (Rosicler), Gil Coelho (Lindomar), Eduardo Dusek (Armandinho), José Dumont (Expedito), Mariana Xavier (Claudete), André Loddi (Paletó), Ilana Kaplan (Silvéria), Luana Martau (Mirela). Até Letícia Spiller rende sorrisos com sua vilã caricata Soraya.
O elenco de ótimos coadjuvantes se fecha com as demais interpretações, que mesclam o humor com o drama tão bem: Nicette Bruno (Izabelita), Fabíula Nascimento (Paulucha), Soraya Ravenle (Eva), Danton Mello (Cícero), Carol Abras (Ximena), Carolina Oliveira (Natasha), Françoise Forton (Isolda), Dani Ornellas (Deodora) e Paula Barbosa (Olga).
Poucas vezes se viu tantos bom talentos com personagens tão significativos e bem aproveitados em uma telenovela. Todos têm espaço na trama. Os tipos humanos muito ricos de “I Love Paraisópolis” nos fazem querer ser amigos desse povo todo. Criada a simbiose entre público e personagens, meio caminho andado está. A gente ri, torce e se emociona. Não é o que se espera de toda boa novela?
Fonte: Nilson Xavier, do UOL
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