Não é de hoje que venho batendo nessa tecla: as minisséries são ótimas e nunca perderam qualidade. O que fazia o ibope cair era justamente a gangorra dos horários.
As produções eram chutadas noite adentro, exibidas depois da primeira linha de shows. Aquela tática de um capítulo de estréia depois da novela até que funcionava, despertava o interesse do telespectador. Mas já no dia seguinte, quarta-feira, o interesse ia pelo ralo: a atração era exibida por volta da meia-noite, depois do futebol. Na quinta, por volta das onze horas e na sexta, por volta das onze e trinta, ou seja, uma verdadeira gangorra de horários...
Dizem os estudiosos do assunto que televisão é hábito, logo nenhuma audiência poderia ser cativada com um programa que, a cada dia da semana, era exibido num horário diferente.
Finalmente alguém deve ter percebido o tiro no pé e estabelecido horários mais sensatos para a exibição de um produto tão caro e tão bem feito. Já no ano passado Maysa foi exibida fora do período futebolesco e o resultado foi tão compensador que a emissora se arrependeu de ter feito a história com tão poucos capítulos.
Em junho foi a vez de Som & Fúria dar com os burros n’água. Voltaram ao esquema da gangorra e a audiência raramente passava dos 14 pontos.
Mas o bom senso voltou a prevalecer e os horários foram revistos. Cinquentinha, mesmo sendo exibida após a primeira linha de shows, não teve de enfrentar a concorrência desleal com o futebol. Tudo bem que a história de Aguinaldo Silva tenha sido considerada de qualidade excepcional, mas acredito que o grande trunfo da audiência tenha sido mesmo a regularidade da exibição. Respondendo a isso, o ibope se manteve acima dos 20 pontos.
E agora, para confirmar esse ponto de vista, vem Dalva e Herivelto, que estréia, segundo dados prévios do ibope
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