quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

As semelhanças entre as novelas de Manoel Carlos


Anunciada como a última novela de Manoel Carlos, 'Em Família' foi dividida em três fases para contar a história de sua derradeira Helena, interpretada por Júlia Lemmertz.

Helenas - A esposa de Alexandre Borges é a sétima atriz a encarnar a famosa heroína do autor, que já assinou 13 folhetins na TV Globo. Além da artista, foram convocadas para o papel Lilian Lemmertz, em 'Baila Comigo' (1981); Maitê Proença, em 'Felicidade (1993); Vera Fischer, em 'Laços de Família' (2001); Christiane Torloni, em 'Mulheres Apaixonadas' (2003); Taís Araújo, em 'Viver a Vida' (2009); e Regina Duarte, que teve a honra de interpretar três Helenas diferentes: foi protagonista de 'História de Amor' (1996), 'Por Amor' (1998) e 'Páginas da Vida' (2007).

Entretanto, o nome da personagem principal não é a única coincidência nas tramas do veterano. Pensando nisso, reuniumos algumas das semelhanças entre as histórias contadas por Maneco. Confira:

Mãe x Filha - Na terceira fase, Helena e Luiza (Bruna Marquezine) irão dividir o mesmo amor, o ciumento Laerte (Gabriel Braga Nunes). A menina irá se apaixonar pelo amado de sua mãe na juventude, sem saber quem ele é. A disputa entre mãe e filha já foi abordada por Manoel Carlos em 'Laços de Família'. A Helena de Vera Fischer abriu mão de Edu (Reynaldo Gianecchini) para Camila (Carolina Dieckmann), que caiu de amores pelo rapaz. Vale lembrar que o autor também pensou em montar um triângulo amoroso entre mãe e filha em 'História de Amor' (1996). Na ocasião, Maneco abortou a ideia após o Ministério da Justiça exigir que o escritor alterasse a sinopse original da novela por considerar o tema inapropriado para a faixa das 18h.

Amor do passado - Toda Helena que se preze tem uma paixão arrebatadora da juventude que surge após décadas para atrapalhar seu casamento perfeito com um marido amigo, compreensivo e apaixonado. Dessa vez, Braga Nunes encarnará o primeiro tipo e Humberto Martins o segundo. Em 'Felicidade' (1993), Mário (Herson Capri) era o marido dedicado, disposto a perdoar os deslizes da Helena de Maitê Proença. Já Tony Ramos era o grande amor do passado da moça e pai de sua única filha. Anos depois, Ramos viveu o papel oposto em 'Laços de Família'. Após dar um duro danado para conquistar Helena, Miguel descobriu que a namorada estava gerando um herdeiro de Pedro, seu amor do passado. O veterano perdoou a loira ao descobrir que a amada havia engravidado do ex para salvar a vida da filha, Camila, que sofria de leucemia e precisava de um transplante de medula. José Mayer voltou a ser uma pedra no sapato de Tony Ramos em 'Mulheres Apaixonadas' (2003). A Helena de Christiane Torloni terminou seu casamento com Theo para poder viver seu amor com Greg.

Primos apaixonados - O amor entre dois primos é o tema central da nova novela das 21h. No entanto, essa não é a primeira, nem a segunda vez que o tema bate ponto nos folhetins do autor. Em 'Laços de Família', Íris (Deborah Secco) era apaixonada pelo primo Pedro. A menina tanto fez que acabou fisgando o coração do ex-namorado de sua irmã. Em 'Mulheres Apaixonadas', Diogo (Rodrigo Santoro) e Luciana (Camila Pitanga) passaram anos vivendo uma paixão mal resolvida. O rapaz chegou a agarrar a prima minutos antes de subir ao altar com outra mulher.

Alcoolismo - Na nova novela das 21h, Manoel Carlos vai tratar sobre o alcoolismo pela terceira vez por meio de Felipe (Thiago Mendonça), irmão de Helena. Em 'Por Amor' (1998), Paulo José viveu Orestes, desprezado pela filha de seu primeiro casamento por conta de seu vício em bebidas. O empenho de sua filha caçula em curar o pai emocionou o país. Em 'Mulheres Apaixonadas', o autor voltou a tocar no tema por meio de Santana. Uma professora, aparentemente, bem resolvida que distribuía conselhos para alunos e amigos, mas sofria com seu vício.

Distúrbio alimentar - Pela terceira vez seguida, o escritor encaixará na história uma personagem com distúrbio alimentar. Bárbara, personagem de Poliana Aleixo, será vítima de bullying por estar acima do peso. A atriz engordou mais de dez quilos para o papel. Em 'Páginas da Vida' (2006), Gisele (Pérola Faria) era uma bailarina que sofria de bulimia. Já em 'Viver a Vida', Renata (Bárbara Paz) era uma modelo anoréxica que só pensava em beber.

Merchandising social - Assim como Glória Perez, Manoel Carlos sempre dedica um núcleo para promover uma campanha social. Na terceira fase, o autor vai abordar o mal de Parkinson, drama vivido por Benjamin (Paulo José). Em 'Laços de Família', o autor causou comoção ao mostrar todas as etapas de uma pessoa que precisa de um transplante de medula para curar uma leucemia. A abordagem do assunto na produção fez com que a TV Globo faturasse o mais importante prêmio de responsabilidade social do mundo, o BITC Awards for Excellence 2001, na categoria Global Leadership Award. Em 'Mulheres Apaixonadas', Maneco fez com que o país parasse para refletir sobre a questão dos maus tratos aos idosos. Na trama, Dóris (Regiane Alves) humilhava os avós para desespero de seu pai. A história promoveu o debate sobre o assunto na sociedade e ajudou a aprovar o Estatuto do Idoso no Senado Federal. Em 'Páginas da Vida', o veterano ousou ao escalar uma criança com Síndrome de Down para o núcleo principal do folhetim para discutir a inclusão social de pessoas especiais. Em 'Viver a Vida', Alinne Moraes comoveu o país com o drama da cadeirante Luciana.

Vilã preferida - Viviane Pasmanter se firma como a atriz favorita do autor para dar vida as antagonistas de suas novelas. Escalada para viver a vilã Shirley de 'Em Família', a loira infernizou a vida da mocinha de 'Por Amor' na pele da debochada Laura e fez de tudo para destruir a Helena de 'Felicidade' onde interpretou a mimada Débora. Outras duas atrizes que sempre batem ponto nas produções de Maneco são Helena Ranaldi e Natália do Valle. A primeira participou de quatro folhetins do autor, além da minissérie 'A Presença de Anita'. Já a veterana participou de cinco novelas assinadas pelo escritor.

Santa de devoção - Na segunda fase de 'Em Família', a mãe de Helena fez uma súplica à Santa Rita de Cássia para que ela pudesse salvar a filha que chegou desacordada ao hospital vítima de um afogamento. Assim como Chica, várias outras personagens eram devotas da santa na ficção.

Leblon - Desde 1996, todas as novelas de Manoel Carlos foram ambientadas no Leblon, bairro carioca onde o escritor reside há décadas.

Com informações do MSN

Um comentário:

  1. Eu adoraria ser uma personagem de Manoel Carlos, lá N existe pobreza e falta de grana.

    ResponderExcluir