Em outubro de 2015, Christiane Pelajo deixou a bancada do Jornal da Globo repentinamente, sem despedidas. Claro que isso deu margem a especulações, ainda mais pelo fato da jornalista ser tão querida – especialmente pelas telespectadoras. Os boatos foram de que William Wack teria pedido sua saída, tudo negado pela emissora. Logo depois, foi anunciada a volta dela para a GloboNews. Glamurama foi conversar com Chris sobre os motivos de seu retorno ao canal a cabo e quis saber se tem chance de ela seguir os passos de outras apresentadoras de telejornal carismáticas, como Fatima Bernardes e Patricia Poeta, que migraram para o entretenimento. Ela ainda comentou sobre um sufoco que passou fazendo “ao vivo”. Confira!
Por que voltar para a Globo News depois de mais de 10 anos? Quais são os desafios que ainda porde encontrar no canal?
“Volto para a GloboNews num outro momento do canal e da minha carreira. Estou mais amadurecida profissionalmente. E a GloboNews também é um canal mais maduro. Estou me sentindo super desafiada com o meu novo jornal, num horário muito quente, em que tudo acontece ao mesmo tempo, no Brasil e no mundo”.
Quais são as principais diferenças de fazer jornalismo em uma TV aberta e em um canal pago? Existe, de certa forma, uma liberdade maior na TV fechada?
“Acho que o horário é que está fazendo a diferença para mim. Como agora apresento um jornal à tarde, temos muitas entradas, ao vivo, dos nossos repórteres, comentaristas e correspondentes. Isso deixa o jornal muito ágil, dinâmico, gostoso de fazer. Sou viciada na adrenalina do jornalismo ao vivo!”
William Waack atua nos dois veículos. Pensa em um dia voltar para o jornalismo da Globo?
“Não penso nisso por enquanto. Estou totalmente dedicada ao meu novo projeto e muito feliz de ter voltado para a GloboNews, onde me sinto em casa”.
Estrelas do jornalismo da Globo migraram para o entretenimento, como Fatima Bernardes e Patricia Poeta. Você sempre foi uma apresentadora bastante querida pelos telespectadores. Se vê fazendo algo assim no futuro?
“Fico muito feliz com o seu comentário, de que sou bastante querida pelos telespectadores! Isso me deixa extremamente lisonjeada. Adoro os meus telespectadores e estava morrendo de saudades deles! Mas sou alucinada por notícia, não consigo me ver longe do jornalismo diário”.
Você acaba de completar 45 anos. É uma época de balanço pessoal e profissional?
“Acho que é uma época de novos desafios. Por isso, não pensei duas vezes antes de aceitar o convite da direção de jornalismo da Globo para voltar para GloboNews. Ainda pretendo fazer muita coisa antes de fechar para balanço (risos)!”
Você cita pra gente três coberturas jornalísticas das mais importantes que fez? Por que elas ocupam um lugar especial na sua memória?
“A cobertura da morte do Papa João Paulo II e o conclave que elegeu Bento XVI. Fiquei 40 dias em Roma, trabalhando nessa cobertura. Nunca vou me esquecer do momento em que o corpo do Papa João Paulo II estava sendo carregado e passou ao meu lado na praça São Pedro a caminho da Basílica. Foi muito tocante ver aquela multidão de fiéis totalmente emocionada! Outras coberturas muito marcantes foram a Copa da França e a da Alemanha. Qual jornalista brasileiro não sonha em cobrir uma Copa do Mundo? Mas, claro, não posso deixar de destacar o atual momento em que vivemos. Estamos num período muito delicado do nosso país e a cobertura da imprensa é de extrema importância para levar os fatos aos brasileiros”.
Já foi traída pelo ao vivo? É difícil contornar quando algo inesperado acontece no ar?
“Uma vez, ainda no meu primeiro período de GloboNews, o cenário caiu atrás de mim. Foi um barulhão, mas eu continuei falando como se nada tivesse acontecido. Se fosse hoje em dia, lógico que eu falaria alguma coisa, faria uma brincadeira qualquer… Depois de 20 anos, entrando no ar todos os dias, ao vivo, acho que aprendi a contornar o inesperado”.
Qual a notícia que gostaria de dar?
“Sei que é clichê, mas sempre a próxima. A que eu vou dar amanhã no meu jornal às 16h, na GloboNews. Não perca!”
Na sua opinião, por que tantas jornalistas mulheres que ocupam bancadas de telejornal acabam virando referência de estilo/ moda/ beleza para as telespectadoras, que têm outros exemplos mais óbvios pra isso, como as atrizes nas novelas?
“Estamos todos os dias na casa do telespectador. Somos presença constante. Conheço muita gente que dá bom dia, boa tarde e boa noite pra gente quando entramos no ar. As pessoas se identificam e se sentem próximas, o que é maravilhoso, na minha opinião”.
Fonte: Glamurama
Nenhum comentário:
Postar um comentário