Uma juventude festiva, sonhadora, batalhadora e representante da chamada “nova classe C” conduz a trama central de I Love Paraisópolis, novela das 7 que substituirá a insípida Alto Astral em 11 de maio. O maior chamariz da trama, escrita por Alcides Nogueira e Mario Teixeira, é sem dúvida a dupla Bruna Marquezine e Tatá Werneck, que interpretam as irmãs Marizete e Pandora, figuras encantadoras que vivem em uma das maiores favelas de São Paulo – é de se esperar que elas conquistem o público ainda saudoso das Empreguetes de Cheias de Charme, de 2012, o último sucesso retumbante do horário.
Em ‘I Love Paraisópolis, Caio Castro é Grego: mistura de bandido e protetor dos moradores, ele posa de “Robin Hood” no pedaço (Divulgação/ Estevam Avellar)
Numa versão leve da disputa entre ricos e pobres, a novela explora os contrastes e semelhanças entre as jovens que vivem em Parisópolis e os moradores do bairro do Morumbi. Ali vive o mocinho da história, o arquiteto Benjamin (Mauricio Destri), que planeja a reurbanização da favela, e sua noiva patricinha, Margot (Maria Casadevall). Claro que ele tem uma mãe esnobe, Soraya (Letícia Spiller), que não apóia o interesse do filho pela favela – imagine quando ela souber do envolvimento dele com Mari.
A mocinha é uma menina exemplar, que foi criada pela mãe de Danda, Eva (Soraya Revenie) e Jurandir (Alexandre Borges). Estudiosa, trabalha desde cedo para comprar uma casa própria, o sonho da família. Danda é menos determinada, mas igualmente trabalhadora – o objetivo é manter a beleza. Depois de uma confusão com o chefão local, Jávai (Babu Santana), as duas vão parar em Nova York, quando começa uma aventura policial em clima de comédia romântica. “A ideia é mostrar que esses dois lugares tão diferentes, como Paraisópolis e o Morumbi, interagem de forma fluida, quebrando as barreiras entre as classes”, diz Alcides Nogueira.
Com direção de Wolf Maya e Carlos Araújo, não por acaso um dos diretores de Cheias de Charme, a novela pretende retratar Paraisópolis como uma personagem – um verdadeiro desafio, dado o sotaque carioquíssimo dos atores escolhidos. A favela será representada em cena por uma cidade cenográfica de dez mil metros quadrados, um projeto do grande cenógrafo da casa, Mario Monteiro. Como em Meu Pedacinho de Chão, as construções têm ambientes internos, o que faz toda a diferença nas gravações. A identidade visual paulistana foi reconstruída no Projac com a ajuda de Estevão Conceição e Berbela, artistas plásticos locais que trabalharam com a equioe da novela, e a dupla Os Gêmeos, que grafitou as motos da turma de Grego (Caio Castro) e Rosicler (Paula Cohen).
Fonte: Veja
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