Max Fercondini ajuda a ensinar, todas as manhãs de sábado, o que pode ser feito para preservar o meio ambiente. Pelo terceiro ano, o ator apresenta o “Globo Ecologia”. Ele conta a QUEM o que aprendeu com o programa e suas atitudes sustentáveis no dia a dia. “Tem soluções que precisam ser planejadas. Plantar árvore não é permitido em qualquer local. Reciclar o lixo é importante, mas é uma forma limitada de pensar na convivência sustentável. O ideal é destinar melhor o lixo. Hoje há aterros que conseguem tirar o gás metano”, explicou.
O intérprete de Wilson na novela “Morde e Assopra” diz que é necessário consumir com responsabilidade. “Não adianta reciclar uma tonelada de lixo por ano se você não reduzir seu consumo. Eu preciso usar um produto descartável se eu posso usar um com rendimento melhor, que possa usar outras duas, três vezes?”, questiona.
Ele recorda quando se deu conta desse pensamento. “Tinha que fazer a barba todo dia porque estava gravando uma novela de época. Eu a fazia com aparelho descartável e, para utilizar apenas um dia e jogar fora era um desperdício muito grande, não só do barbeador, mas de todos os materiais de sua fabricação: água, recursos humanos... Daí comprei um produto mais caro, que durasse mais."
Max afirma que não é fácil manter-se ecologicamente correto. “Como consumidor me sinto sem boas opções de consumo sustentável. Os supermercados mais elitistas tem produtos mais duráveis ou de qualidade melhor, mas são de 30 a 40% mais caros”, disse o ator, que também recicla lixo e procura controlar a quantidade de água gasta no dia a dia.
O exemplo veio de casa. “Minha família não jogava papel no chão, não desperdiçava. Sou de uma geração que teve educação ambiental na escola. E grande parte aprendi no ‘Globo Ecologia’”, explicou, apontando em seguida uma atitude que melhoraria o planeta. “Chama-se logística reversa: a empresa que produz algo tem responsabilidade até o momento do descarte, e incentiva o consumidor à reciclagem. Isso já acontece um pouco com baterias de celular, que tem matérias primas como cobre, prata, ouro. Parece pouco, mas o volume que são descartados é muito grande. O lixo não é simplesmente o final do produto que consumimos. Cabe a nós e às empresas descobrir uma forma de fazer com que esse produto volte para a cadeia reprodutiva", disse o ator. Ele também aproveitou para citar um caso que deu certo no Brasil. “Hoje 95% das latas de aluminio já passaram uma vez pelos consumidores."
Fonte: Revista Quem
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