terça-feira, 24 de maio de 2011

Paola Oliveira analisa os rumos de Marina


Paola Oliveira ainda se assusta com a dimensão da televisão. Desde que estreou na Globo -- como a espevitada Giovana de "Belíssima", em 2005 -- a atriz construiu uma carreira com papéis cada vez mais destacados. Entre eles, deu vida à mocinha Sônia de "O Profeta", aprontou todas como a vilã Verônica de "Cama de Gato" e ainda protagonizou a série "O Que As Mulheres Querem?" e um dos episódios de "As Cariocas".

No ar na pele da doce Marina de "Insensato Coração", ela assume que tem noção do ritmo acelerado de sua ascensão na TV. A rapidez com que seu nome se tornou conhecido, no entanto, parece não afetar o jeito meigo e simpático da atriz. "É muito bom ser parada nas ruas e receber elogios sobre o meu trabalho. Adoro conversar e dar autógrafo", garante a paulistana, de 29 anos.

Mas, nos últimos tempos, o que Paola mais ouviu nas ruas foi sobre o relacionamento de Marina e Pedro (Eriberto Leão). Isso porque, durante quase cinco meses de novela, o casal quase não protagonizou cenas românticas. Só há pouco tempo apareceram juntos na trama. "A gente também ficou na expectativa de vê-los juntos. Foi uma estrutura diferente de novela. Normalmente, a gente estabelece um casal e, depois, separa", destaca ela, que já torcia para ver o romance acontecer. "Teve o momento que o telespectador se apaixonou pelo amor deles. Depois, tiveram raiva do Pedro e ainda chegaram a torcer pelo Henrique (Ricardo Pereira). Acho que já começaram a torcer para Marina ficar com o Pedro", diz.

Agora, Paola aguarda ansiosamente por mais reviravoltas de sua personagem. O que não vai demorar muito, já que o clima romântico entre Pedro e Marina está prestes a ser quebrado mais uma vez. O casal protagonista vai ser separado novamente quando Marina se casar com o Léo (Gabriel Braga Nunes). "Acho que a trama fica sempre mais rica quando acontece esse tipo de coisa", empolga-se a atriz, que garante não saber o motivo que leva sua personagem a se casar com o irmão de Pedro e grande vilão da história. Mesmo assim, ela arrisca alguns palpites. "Acredito que o Léo está fazendo algum tipo de chantagem. O mais legal é que vou gravar sem saber o real motivo. Vai ser uma surpresa para mim também", completa, defendendo com "unhas e dentes" o caráter de sua personagem.

Apesar de não ser a primeira protagonista na carreira de Paola, ela considera o trabalho atual o mais difícil que já interpretou. Para a atriz, a Marina pode ser vista em qualquer mulher nas ruas. E é exatamente essa possibilidade realista que torna a composição mais complexa. "Ela tem esse ar independente, mas, ao mesmo tempo, fica totalmente frágil quando o assunto é o amor. Achar essa coerência é muito complicado", analisa ela, que busca inspiração até em mulheres de sua própria família para compor a personagem. "É um jogo de tentar encaixar uma personalidade que não é sua em uma história que não é você quem cria", justifica.

O perfil da personagem não é o único obstáculo de Paola. Por ser gravada com imagem em HD -- sigla para alta definição em inglês – o visual mais próximo da realidade também passou a ser motivo de preocupação para a atriz. "A Marina tem de chorar linda, a maquiagem tem de estar impecável, precisa acordar bem cuidada. Quanto mais a televisão for melhorando a imagem, mas neuróticas as mulheres vão ficar", calcula ela, que confessa ter se tornado mais vaidosa. "Temos de estar cada vez mais ligados para não perder um fio de cabelo fora do lugar. Acho que HD devia ser usado para o Nat Geo", diverte-se, se referindo ao canal pago National Geografic Channel, com uma programação voltada para meio ambiente, ecologia e ciência.

Fonte: UOL

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