quinta-feira, 19 de maio de 2011

Os beijos gays que não aconteceram


Casais homossexuais em novelas não faltam, mas e o beijo gay? Nesta semana, o SBT entrou para a história da televisão brasileira ao exibir na noite de quinta-feira, 12, o primeiro beijo entre pessoas do mesmo sexo em uma trama. A discussão é antiga e já rendeu muita polêmica. Listamos algumas das maiores frustrações envolvendo casais gays e os seus não-beijos.

JUNIOR E ZECA / AMÉRICA (2005): Sem dúvida foi a cena mais frustrante para quem apoia a comunidade LGBT. Protagonizado pelos atores Bruno Gagliasso e Erom Cordeiro, o beijo gay no último capítulo da novela “América” foi divulgado pela autora Glória Perez, gravado pelos atores, mas… ao contrário dos demais casais, um corte brusco interrompeu a cena de amor dos pombinhos. Glória Perez pediu desculpas e os atores lamentaram o corte.

CLARA E RAFAELA / MULHERES APAIXONADAS (2003): Primeiro casal lésbico bem aceito pelo telespectador, com direito a torcida no final da novela, Rafaela (Paula Picarelli) e Clara ( Alinne Moraes ) até que tiveram um momento romântico. Não foi um beijo, mas um selinho disfarçado. O “beijo” ocorreu em uma encenação de teatro só no último capítulo, sendo que Rafaela estava vestida de homem, ou seja, reproduzia um beijo de teatro entre um homem e uma mulher. Há quem tenha se contentado.

JULINHO E THALES / TI TI TI (2010): Depois de tanto sofrer pela morte de Osmar (Gustavo Leão), o cabeleireiro Julinho, personagem de André Arteche, finalmente encontra um novo amor, Thales (Armando Babaioff). Embora os dois atores afirmassem topar um beijo entre seus personagens – até Gustavo Leão declarou que protagonizaria um beijo gay, sem preconceito - a Globo nem pensou nesta possibilidade. Felizes no final, eles acabaram tendo momentos felizes no mar, jogando aguinha um no outro, abraçando-se e…só.

RODRIGO E TIAGO (PARAÍSO TROPICAL/ 2007): Eles moravam juntos, eram bem aceitos pelos amigos, dormiam na mesma cama, mas não davam um mísero selinho. Sem grandes polêmicas, os personagens de Sergio Abreu e Carlos Casagrande mais pareciam dois amigos na novela que um casal de verdade. Não tinham grandes conflitos, nem dentro da trama nem entre si, e raramente trocavam algum tipo de carinho que denunciasse sua homossexualidade. Apesar disso, ganharam a simpatia daqueles que torciam o nariz para personagens estereotipados.

SANDRINHO E JEFFERSON (A PRÓXIMA VÍTIMA/ 1995): Quando a homossexualidade ainda era pouco comentada em tramas brasileiras, surgem Sandrinho (André Gonçalves) e Jefferson (Lui Mendes) trazendo o assunto à tona. Foi um escândalo em muitos lares e, driblando o preconceito, eles conseguiram terminar a novela juntos. Está certo que a abordagem estava muito recente para um beijo gay, mas se eles tivessem protagonizado logo naquela época certamente o assunto teria deixado de ser tabu há muuuito tempo.

Fonte: Container Conteúdo

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