terça-feira, 28 de junho de 2011

A triste missão do juiz de futebol no Brasil


A transmissão do futebol na TV está cada vez mais sofisticada. Hoje há um bom número de narradores, comentaristas, comentaristas de arbitragem e repórteres trabalhando nisso.

Os jogadores, em seus clubes, também têm à disposição preparadores técnicos, físicos, fisiologistas, psicólogos, fisioterapeutas, hábitos alimentares controlados, modernas concentrações, além de outros indispensáveis acompanhamentos para melhor desempenhar as suas funções.

O árbitro de futebol, na contramão de tudo, pelo menos no Brasil, não dispõe de nada disso. Alguns, inclusive, se juntam e pagam do próprio bolso um professor de Educação Física. Isto em São Paulo. São essas pessoas, amadoras por conveniência dos dirigentes, que nas transmissões da TV têm as suas atuações implacavelmente acompanhadas e julgadas por mais de uma dezena de câmeras.

Só como exemplo: o árbitro Luiz Flávio de Oliveira foi apitar um jogo em Presidente Prudente. Saiu de Cruzeiro, onde mora, na véspera, um sábado, viajou de carro mais de 800 km. e voltou logo depois da partida, porque precisava dar aulas no dia seguinte, às 8h da manhã. Esta é apenas uma, mas são muitas as outras histórias com transporte, hospedagem e até comida.

Cada um é obrigado a se virar sozinho e isto acontece porque a CBF e as federações não querem assumir os encargos trabalhistas. Os clubes, omissos, só dizem amém. Outra distorção no país pentacampeão do mundo.

Fonte: Flávio Ricco

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