Théo e Morena (Rodrigo Lombardi e Nanda
Costa). Théo e Érika (Rodrigo Lombardi e Flávia Alessandra). Zyah e Bianca
(Domingos Montagner e Cléo Pires). Zyah
e Ayla (Domingos Montagner e Tânia Khallil). Celso e Antônia (Caco Ciocler e
Letícia Spiller). Pepeu e Drica (Ivan Mendes e Mariana Rios). Glória Perez bem
que tenta emplacar os casais românticos de “Salve Jorge”, mas sem muito
sucesso.
Com foco na trama policial da novela, Morena
e Théo se perderam no meio do caminho, em uma relação mal definida, mal
desenhada, tanto por conta do caráter fraco dele, quanto da personalidade forte
dela e dos apuros pelos quais ela tem passado. E falta química. Assim como
falta química para Théo e Érika. Ela não passa de um joguete para ele, e a
relação dos dois não tem para onde evoluir.
O triângulo Bianca-Zyah-Ayla também não
empolga. Ele deixa Bianca louca na caverna, mas ela não se curva ao seu modus
operandi. Zyah se divide entre a emoção da paixão pela “chilique estrangeira” e
a razão do amor por Ayla e pelas tradições de seu povo. Conflitos amorosos e
étnicos já conhecidos nossos, explorados à exaustão pela autora em suas tramas
anteriores.
Mesmo se envolvendo com Carlos (Dalton Vigh),
Antônia representa com Celso a pimenta nas relações mal resolvidas. Uma mágoa
só que chegou ao ódio. É o peso da novela. Por sua vez, Pepeu e Drica – assim
como Caíque e Lurdinha (Duda Nagle e Bruna Marquezine) – fazem jus à cota jovem
e descompromissada que não tem conflitos, não avança nem recua, não chega a
lugar nenhum.
Ao que parece, o único casal de “Salve Jorge”
que realmente empolga é Helô e Stênio (Giovanna Antonelli e Alexandre Nero). E
o grande mérito está na performance dos atores – ótimos em seus personagens -,
que mostram uma química perfeita em cena, capazes de arrancar risos e suspiros.
Helô e Stênio têm a torcida da empregada
Creuza (Luci Pereira) e do público. Podem continuar rendendo ótimas cenas, e ainda
servem de respiro cômico para a trama pesada do tráfico, que só faz degringolar
o romance dos protagonistas Morena e Théo. E nem seria má ideia a promoção de
Helô e Stênio a protagonistas da novela.
Fonte: Nilson Xavier, do UOL
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