segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Débora Falabella diz que vilã é “libertador”


Dona de um rosto angelical, a atriz Débora Falabella diz que demorou a conseguir uma personagem na televisão que não se enquadrasse no perfil da boazinha sofredora. "Pelo meu biótipo e pelo meu jeito de ser, as pessoas me identificavam mais com a mocinha, mas é muito mais legal quando você consegue inverter isso", conta.

Atualmente, ela pode ser vista em duas versões na Globo: como a mocinha engajada que dá título à novela "Sinhá Moça", na trama que é reprisada no "Vale a Pena Ver de Novo", e como a vilã atrapalhada Beatriz, em "Escrito nas Estrelas", na faixa das 18h.

"O legal é que são personagens diferentes. Dá para o público ver os dois lados", comemora.

Segundo ela, o convite para interpretar a Beatriz, que vive tentando dar golpes ao lado da mãe, Sofia (Zezé Polessa), mas acaba sempre se dando mal, veio justamente do diretor de "Sinhá Moça", Rogério Gomes.

"Achei bacana ele apostar em me dar outro tipo de personagem. Na televisão, eu nunca tive a oportunidade de fazer uma coisa tão diferente", acredita.

Débora diz que não tinha o fetiche de interpretar especificamente uma vilã, mas que ficou feliz de poder aumentar o repertório de personagens. "Na verdade, eu quero fazer todo tipo de papel, até para o trabalho não ficar tedioso. Não quero ser enquadrada em nada", revela.

MENINA MÁ

Para Débora, há mais coisas a serem levadas em conta quando se interpreta uma mocinha do que no caso se sua vilã cômica. "Você fica mais preocupada em como dizer a fala, com a roupa que você vai vestir... Tudo tem que ser feito para agradar", conta. "É libertador não ter que agradar sempre", afirma.

"No caso da Beatriz, é diferente porque pode tudo. Mesmo que uma roupa fique ridícula e exagerada, tem espaço para isso", compara a atriz. "Eu chego mais leve em casa do que com uma mocinha sofredora. Acho que tem um distanciamento maior entre o personagem e o ator e você consegue separar mais as coisas."

Mesmo assim, ela confessa que tem uma queda pelas personagens sofridas da teledramaturgia. "O legal de fazer a mocinha é que ela sempre se dá bem no final, mas ela sofre pra caramba no caminho. Eu vou confessar que eu adoro fazer uma cena dramática, mas o chato é ser tão boazinha, sabe?"

Fonte: Folha Ilustrada

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