terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Carla Diaz volta ao ar em "Rebelde"


Tem personagem que fica na memória das pessoas. Mesmo dez anos depois da exibição de "O Clone" --que voltou a ser reprisada em "Vale A Pena Ver de Novo", da Globo--, Carla Diaz ainda é parada nas ruas por causa de Khadija, seu papel na trama de Glória Perez. "Tem gente que fala dos bordões 'Eu quero ter um marido muito rico, que me dê muito ouro' e 'Insh 'Allah' e pede para eu fazer o sotaque", conta ela, que dará vida a Márcia de "Rebelde", próxima novela da Record. Hoje, aos 20 anos, Carla também é muito lembrada pela Maria de "Chiquititas", do SBT. Na época, com seis anos, foi morar na Argentina, onde foi alfabetizada e se dedicou às gravações do folhetim. "Foi um divisor de águas na minha vida e minha primeira novela longa", lembra.

O trabalho em "Chiquititas", inclusive, tem ajudado na composição do novo papel. Afinal, a personagem da novela era uma menina órfã assim como Márcia que, em "Rebelde", foi abandonada pela mãe e cresceu em um orfanato. Por isso, Carla aproveita a experiência que teve na ficção para entender melhor o universo da menina que vai interpretar. Além disso, costuma frequentar alguns orfanatos para brincar com as crianças. No final do ano passado, foi em um pela Record entregar presentes de Natal. Tudo serviu de laboratório para a atriz. "Isso me ajudou a buscar uma carência afetiva e esse drama, que é interno. Tudo ajuda na construção", conta ela, que prefere não assistir à versão mexicana da trama. Principalmente para seguir seu próprio caminho e não se deixar influenciar por outras interpretações. "A essência da história é a mesma, mas quis criar alguma coisa antes", explica.

Como, na história, Márcia não tem família, acaba se relacionando com quase todos os personagens. Mas com alguns ela tem uma proximidade maior. Ainda mais porque divide o quarto com Carla (Melanie Fronckowiak), de quem se torna muito amiga, e com Vitória (Pérola Faria). "No começo, todo mundo bate de frente, mas depois fica tudo bem", adianta. Quem está sempre por perto é Téo (Bernardo Falcone). O menino se mete em várias confusões para descobrir quem paga o colégio caro em que Márcia estuda. "Isso é um mistério e a Márcia quer saber quem a ajuda", revela. Ainda sem contar grandes detalhes, Carla não descarta a possibilidade de haver um romance entre os dois amigos. "Talvez tenha alguma coisa com ele, que faz de tudo para ajudá-la", diz.

Para combinar com o jeito tímido da personagem, o figurino é bem discreto. Márcia, geralmente, veste blusões e calças, sem grandes vaidades. "Todas as meninas usam saias curtas e ela tenta se esconder", compara. A caracterização, aliás, ajuda Carla na hora de atuar. "Com a roupa, a personagem vem mais rápido. Se ela usasse uma roupa colorida ou muito curta, estaria sendo o oposto do que estou construindo", afirma. A maquiagem vai pelo mesmo caminho. É a mais básica possível e quase não dá para perceber no vídeo. Já os cabelos da atriz, que estavam na cintura, foram cortados até o meio das costas. As pontas ganharam uma tonalidade mais escura, que sai com água.

Além de se dedicar às gravações da nova novela da Record, Carla divide seu tempo com duas peças: "Confissões de Adolescentes" e "Um Chorinho Para Dona Baratinha". A última é uma produção dela em parceria com o ator Thiago Oliveira, que está no ar em "Araguaia", da Globo. O espetáculo é um musical infantil sobre a fábula da Dona Baratinha, embalado ao som de chorinho. "A gente quer inovar colocando chorinho para as crianças conhecerem", explica ela, que se anima com a vida agitada no trabalho. "Estou tendo uma rotina puxada, mas não gosto de ficar muito parada, não", garante.

Fonte: UOL TV

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