Em seu primeiro filme como protagonista, Cleo Pires também enveredou por um gênero em que nunca havia atuado antes: o da comédia. Na pele da estabanada Tati, a atriz vive o desafio de fazer as pessoas rirem no longa “Qualquer Gato Vira-lata”, que estreia na sexta-feira (1º) nos cinemas brasileiros.
O filme, dirigido por Tomás Portella, é uma adaptação do texto teatral “Qualquer Gato Vira-lata Tem Uma Vida Sexual Mais Sadia do que a Nossa”, de Juca de Oliveira. No longa, Tati é apaixonada por Marcelo (Dudu Azevedo), um playboy que não lhe dá valor e prefere estar com muitas garotas. A personagem de Cleo é uma típica garota da geração “Sex and the City”, poderosa e independente, mas que não consegue conquistar o homem de seus sonhos.
É nesse contexto que Tati conhece o atrapalhado biólogo Conrado (Malvino Salvador), que defende uma tese baseada em teorias darwinistas para solucionar os segredos dos relacionamentos amorosos. Assim, ele tenta ajudar a garota a reconquistar Marcelo. Mas a experiência ‘científica’ começa a seguir outros rumos quando um clima de romance surge entre os dois.
Para Cleo, a experiência de fazer uma personagem cômica pela primeira vez foi um desafio. “Foi muito divertido e difícil ao mesmo tempo. Tivemos que gravar várias vezes a mesma cena, fazendo caras e bocas em vários níveis, do mais leve ao mais exagerado”, disse, em mesa redonda da qual o Yahoo! participou.
Questionada sobre possíveis semelhanças com a personagem, Cleo admite ser agitada e curiosa por viver e aprender coisas novas, como Tati, mas sem ser descontrolada e insegura. “Quando mais nova, eu até surtava; hoje já não sou uma pessoa estressada. Claro que tenho momentos de estresse, mas aprendi a identificá-los.” Já Malvino é categórico ao falar sobre a histeria nas mulheres: “O que me seduz é a sutileza, não o exagero. Acho que não pode ser vulgar!”.
Segundo o diretor Tomás Portella, a escolha dos protagonistas foi justamente guiada pela busca de atores que fossem o oposto dos personagens exibidos na tela. “Cleo é segura de si, decidida, ao contrário de sua personagem. Malvino tem um personalidade mais extrovertida, o inverso do retraído professor Conrado, e Dudu é tão doce quanto gentil, diferentemente do mulherengo Marcelo”, descreve, em total sintonia com os atores.
Portella também tinha um grande desafio em mãos: um roteiro baseado em uma peça de grande sucesso – em cartaz por 10 anos e com 1 milhão de expectadores -, trabalhar com atores muito populares, e dirigir uma comédia romântica, gênero pouco explorado no país. "A minha preocupação era trazer piadas integradas ao conceito, mas sem influenciar no romance. Para dar certo, não pode ficar o tempo todo preocupado em fazer graça", diz.
Apesar disso, o diretor acredita que o resultado foi positivo. “Tem diretor por aí que durante as gravação fica estressado. Eu não, fiquei anos trabalhando nesse projeto, então quando aconteceu fiquei super feliz", finaliza.
Fonte: Yahoo
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