sexta-feira, 17 de junho de 2011

Palmirinha não quer mais fazer programa de culinária



Quem não gostaria de ter Palmirinha Onofre como avó? Conhecida como a apresentação meiga do programa “TV Culinária”, da TV Gazeta, ela fez “amiguinhos” e conquistou grande parte do Brasil. Após sua polêmica saída da emissora, a culinarista continuou na TV com participações especiais, inclusive em programas jovens como “Caldeirão do Huck” (Rede Globo) e “CQC” (Band).

“Imaginava que tivesse o carinho dos jovens, mas não tanto. Eles falam: ‘deixa eu levar para casa?’ (risos). É gostoso, gratificante, mais importante que dinheiro”, afirma a vovó, que acaba de criar um perfil no Twitter - @VovoPalmirinha - com a ajuda dos netos. 

Em entrevista exclusiva, Palmirinha demonstra ser uma mulher à frente do seu tempo. Fala sobre separação, vaidade, Parada Gay e revela que não gostaria de ter um programa diário de novo. Segundo ela, que tem 79 anos, é muito desgastante.

Todo mundo pede sua volta à televisão. Mas você tem vontade de retomar o quadro culinário?
Olha, eu voltaria pelas minhas amiguinhas, mas não faria mais pela minha vontade. Não gostaria de fazer culinária todos os dias, é muito desgastante. Não quero fazer receitas que minhas amiguinhas não conseguem fazer em casa, que demoram, que vão gastar tempo e dinheiro à toa...

Seu desligamento da TV Gazeta rendeu polêmica. Como foi?
Eu não saí da TV porque me mandaram embora. Fui eu mesma que quis, que pedi. Eles (a TV Gazeta) não aceitam isso até hoje, mas achei que era a hora. Gostaria de continuar se tivesse um programa que eu fizesse uma vez por semana, mas não todos os dias. Estou fazendo participações, propagandas, tenho meu site, twitter, que é gostoso e mais tranquilo para mim.

Além dos programas de que participa, o que gosta de assistir na televisão?
Adoro um bom filme: tanto de amor quanto de agente secreto, policial. Eu gostava do James Bond, mas depois que ele saiu (mudou o ator que interpreta o personagem), não acompanhei mais.

Após sair da "TV Culinária", você passou a se apresentar em programas jovens como “CQC” (Band) e “Caldeirão do Huck” (Rede Globo). Esperava ter esse carinho dos jovens?
Toda vida tive contato com eles. Sabia do carinho, mas não imaginava que era tanto. Eu adoro jovem, ir a festa de jovens, tenho netos, que são jovens. Tenho muito carinho e sinto que eles têm muito carinho por mim. Às vezes, estou no shopping e vem um e fala: “Deixa eu levar para minha casa?”. É gostoso, a gente se realiza. Para mim, estar de bem com meu público é mais importante que dinheiro. 

Surgiu um buxixo dizendo que Luciano havia convidado você para um quadro fixo. É verdade?
As pessoas entenderam mal. Ele falou para eu aproveitar a dica do quadro ("Lata Velha", em que Palmirinha participou e fez quitutes em uma cozinha especial) para montar um programa, não que ele estaria dando uma dica de que me chamaria. É tudo boato, porque não tive nenhuma proposta. Mas Luciano é um menino de ouro e fez uma homenagem maravilhosa para mim. Depois que o programa foi para o ar, na segunda-feira, ele me mandou um vaso de rosas, agradecendo pela minha participação. Ele é muito carinhoso.

Seus netos devem aproveitar bastante a avó que têm, né?
Estou sempre fazendo doces para eles. Tem um que gosta... daquele bolo melecado... prestígio! Outro que gosta de brigadeiro, tem um que adora cocadinha. Ele deixa as cocadinhas guardadas no quarto e leva para os amigos. Os amigos adoram e sempre perguntam: “cadê a cocada da Palmirinha?” (risos).


E qual é a sua comida preferida?
Minha comida preferida é frango com polenta e macarrão. E do que eu não gosto? Acho que só de jiló.

Como é a Palmirinha na intimidade? Você é vaidosa?
Quando estou em casa, costumo vestir camisolinha, um penhoarzinho, aquele chinelo gostoso de vovó e meia de crochê. Mas, quando eu saio, gosto de colocar uma roupa mais bonita, que me faça sentir bem. É simples, mas de boa qualidade. Também adoro sapatos! E a minha cor preferida é a vermelha. Estava gravando o “Manhã Maior” e em todos os vídeos só aparecia eu de vermelho (risos).

Você disse que os maridos de antigamente eram ruins e que seu primeiro casamento foi muito complicado. O que poderia falar para as mulheres e os casamentos de hoje em dia?
Às vezes a mulher faz parte de um mau casamento. Não tem paciência, se exalta, muitas vezes tem culpa na separação... O que fazer? Deve tentar resolver da melhor maneira possível, mas se vê que não tem mais jeito, daí separa. Não tem que ficar apanhando, sofrendo, se humilhando, escondendo das pessoas. Se for melhor para os dois, então separa.

Estamos no mês da Parada do Orgulho Gay. O que pensa sobre a comunidade LGBT?
Eu aceito, respeito, conheço vários, tenho muito contato e vários amigos. São pessoas muito bacanas, que a sociedade deve aceitar. Eles não escolheram isso, né, é uma coisa deles, que nasce com eles. Se eu tivesse um irmão ou um neto gay, aceitaria numa boa. Aceitaria com a mesma seriedade que tenho com aqueles que não são. Acima de tudo a gente tem que ter respeito com as pessoas. Com respeito, a gente conquista todo mundo.

Você está com Twitter, é isso?
Foram meus netos que montaram o perfil e que atualizam sempre. Falo para eles o que estou fazendo e eles colocam na internet. Quando estou no restaurante, por exemplo, eles escrevem alguma coisa. Também tenho meu site, em que coloco receitas. É uma maneira de não perder contato com meus amiguinhos e amiguinhas!

Fonte: Yahoo

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