Considerado o principal locutor esportivo do
Brasil, Galvão Bueno falou sobre sua carreira, polêmicas e sobre ter desistido
da aposentadoria.
Em entrevista para a revista Veja, Galvão
disse que nunca precisou "babar ovo" de ninguém e não concordou com
as críticas que sofreu, por ter elogiado Felipão durante todo o Mundial e na
eliminação o criticar ferrenhamente: "Desde o primeiro jogo desta Copa, o
Casagrande, o Ronaldo e eu sempre fizemos críticas à forma como a seleção
estava jogando. Eu disse, em alguns momentos, que o trabalho do Felipão era
coerente. Mas em momento algum elogiamos a seleção nem dissemos que era uma
maravilha. Entre as muitas coisas que aprendi com o Armando Nogueira é que
devemos elogiar sem bajular e criticar sem ofender. Eu pauto a minha vida com
base nisso. Nunca fiz uma crítica que carregasse ofensa pessoal. E nunca fiquei
babando ovo para ninguém".
Galvão explicou o porquê de ter desistido de
se aposentar, falando que não se via em uma Copa após a do Brasil, quando fez o
seu famoso discurso ao fim do Mundial de 2010: "O que eu disse foi que não
me via fazendo outra Copa do Mundo fora do Brasil. E naquele momento não me via
mesmo. Mas a vida é dinâmica. Não se esqueça de que nós tivemos uma mudança de
gestão na Rede Globo, muito relacionada à minha área. Eu me sinto extremamente
feliz hoje trabalhando. É um novo desafio. Foram me propostas coisas novas.
Cheguei à conclusão de que é o que eu gosto de fazer, o que sei fazer, é onde
eu realmente me realizo. E tem uma história de quarenta anos. Enquanto me
sentir bem, com saúde e em condições de fazer o trabalho, e a Globo entender
que eu sou importante nesse trabalho, vou ficar. Tenho contrato até depois da
Copa de 2018. Então, voltei atrás, sim. Não tenho motivos para parar agora.
Então, por que parar?".
O narrador também elogiou a sua companheira
em vários dias de cobertura, a apresentadora do "Jornal Nacional",
Patrícia Poeta: "ela foi muitíssimo bem, se preparou intensamente para ter
domínio sobre o assunto e conseguimos fazer um contraponto da notícia com a
opinião. Por isso, inclusive, o nosso espaço no telejornal foi aumentando. Já
fui lá dar um abraço no William Bonner, porque o editor-chefe do jornal, quem
pagina o jornal, é ele. E o Bonner nos deu espaço".
Por fim, Galvão Bueno falou que lançará um
livro de memórias em breve: "Nestes quarenta anos de carreira convivi com
todos os grandes personagens do esporte brasileiro. Então, conto minhas
histórias com Pelé, Ayrton Senna, Nelson Piquet, Fittipaldi, Rivellino, Zico...".
Fonte: Na Telinha
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