José de Abreu, 68, abriu o jogo durante uma
entrevista à uma emissora portuguesa, a SIC, e falou sobre a morte do seu filho
Rodrigo e também do abuso sexual que sofreu aos 12 anos de idade.
Ao recordar o falecimento do herdeiro de 21
anos que caiu da janela do apartamento em que vivia no Rio de Janeiro em 1992,
o ator desabafou sobre a dor da perda do familiar. "Quando me separei fui
morar com o Rodrigo. Moramos juntos por dois anos, só nós dois, paquerando as
menininhas. Me ligaram e disseram: ‘aconteceu um acidente em seu apartamento. O
Rodrigo está mal. Ele caiu da janela’. Só foi cair a ficha para mim um tempo
depois. Enterrar o seu sucessor é uma coisa muito desagradável, muito
dolorosa", contou ele.
Na época, o artista também disse que teve
receio do filho ter se suicidado. "Perguntei ao delegado ‘como você tem
certeza que não foi suicídio?’. Um suicida se lança ao ar. O Rodrigo caiu
batendo nas janelas. Foi quando tirei toda a culpa cristã que vinha à
cabeça".
Ainda durante a entrevista, José de Abreu
falou sobre o abuso sexual que sofreu de um padre na época da sua juventude.
"Guardei essa história por 30 anos. Mas foi um abuso leve. Não foi uma
agressão física. Ele me masturbou durante uma sessão de cinema, dentro do
seminário. Eu tinha 12 anos. Nunca tinha me masturbado. Queria morrer. Um
absurdo. Ele era o padre-prefeito. Foi terrível", explicou.
O ator declarou que não denunciou o sacerdote
por medo. "Tinha que confessar, dizer o que tinha acontecido e não tive
coragem. Vivi três meses no pecado. Não tive coragem de denunciá-lo, acho que
ninguém teria coragem naquela época", justificou.
Fonte: Yahoo
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