Neste domingo (23/10), o Brasil bateu a
Argentina na final do torneio de handebol feminino dos Jogos Pan-Americanos de
Guadalajara (México). A partida, que classificou a seleção para os Jogos
Olímpicos de Londres (Inglaterra), em 2012, não foi exibida pela Record.
No lugar, o telespectador teve a oportunidade
de presenciar um vexame. O Brasil foi eliminado logo na primeira fase do
torneio de futebol masculino do Pan, após perder por 3 a 1 para a Costa Rica.
Aliás, este não foi o único vexame da noite.
Nem do dia. A cobertura dos Jogos Pan-Americanos pela Record é lamentável. A
emissora, que tanto critica a Globo, repete os erros da concorrente. Paga cerca
de US$ 10 milhões pelos direitos exclusivos de transmissão da competição,
desloca dezenas de profissionais para o México, bate no peito cheia de orgulho
e exibe tudo mal e parcamente.
No sábado (22), a Record preferiu levar ao ar
Rodrigo Faro imitando a Wanessa Camargo enquanto atletas brasileiros
asseguravam duas medalhas de ouro na vela (Matheus Dellagnello, na Sunfish; e
Patrícia Freitas, na RS:X feminina) e uma de bronze (Joice Silva, na luta
olímpica). A programação não foi interrompida nem para um boletim de plantão. É
"O Melhor do Brasil" que se tem para oferecer.
No domingo, entre 10h e 14h, reprises de
competições realizadas ao longo da semana, inclusive mais uma da final feminina
do vôlei entre Brasil e Cuba. É o novo "Pica-Pau" da emissora. O
"Todo Mundo Odeia o Chris" da ocasião.
Enquanto isso, no México, atletas brasileiros
competiam no triatlo, basquete feminino, marcha atlética, luta olímpica e polo aquático.
De novo, nada ao vivo.
Vá lá, não dá para exibir tudo. Convenhamos,
nem todo esporte tem apelo de emissora aberta. Contudo, fazer diferente é
obrigação de quem se apresenta como alternativa ao status quo.
A Globo é criticada por todos. Com razão.
Compra os direitos de exibição de diversas competições para engavetá-los, para
exibir nas coxas, para alimentar nossa lamentável cultura esportiva, que só
valoriza o futebol e, quando muito, outras modalidades que têm brasileiros na
ponta. Porém, o descaso da Band com a Fórmula Indy e as trapalhadas da Record
com o Pan de Guadalajara mostram que a exclusividade é a melhor amiga da
preguiça. Sem concorrência, não há esforço. O telespectador que se dane.
Por Ale Rocha, do Yahoo
Realmente,esporte não deveria ser permitido direitos a apenas uma emissora.
ResponderExcluirneste país tudo é uma bagunça e acaba em pizza,infelizmente é o povo que paga e caro,mas estamos aqui para criticar, um dia vai me
ResponderExcluirlhorar!!!
Ai que saudades os atletas devem estar do plim-plim!!! Isso é bom para uma certa emissora saber que não basta ter dinheiro para comprar direitos, é preciso também saber usar o material.
ResponderExcluirUma coisa é certa: a concorrência aprimora em muito a qualidade. Quando há disputa sempre há a intenção de se superar e fazer melhor. E quem ganha com isso é o telespectador.
ResponderExcluirJá se imaginava que a Record, devido à sua inexperiência em eventos do tipo, cometesse alguns deslizes, o que seria absolutamente normal. O problema é que eles se adonaram do evento com uma arrogância que levava a crer que poderiam fazer muito melhor que todos. E não é o que está acontecendo.
Tomara que aprendam com os próprios erros, tenham um pouco mais de humildade e nas próximas competições não voltem a repetir algumas falhas lamentáveis como as que estamos vendo nos Jogos Pan Americanos de 2011.