Do ponto de vista musical, o Rock in Rio 2013
deixa as mais variadas lembranças, dependendo do gosto de cada fã que
acompanhou as sete noites de música. Fora do palco, fica uma surpreendente
lição: no mundo das celebridades as coisas são mais complicadas do que parecem.
Depois deste festival, não basta mais ser chamado de VIP (“Very important people”, ou pessoa muito
importante”). Entre os famosos que
desfrutam da vantagem de ver o festival em camarotes exclusivos, descobrimos
que há uma curiosa hierarquia.
A lista infame, revelada pelo colunista Bruno Chateaubriand,
da “Veja Rio”, mostra que os convidados de um camarote no Rock in Rio foram
separados, de forma muito objetiva, em dois tipos distintos, o vipinho e o VIPÃO.
Para complicar ainda mais, são quase todos colegas na Globo, atores e
apresentadores de programas de televisão.
A descoberta causou tanto espanto que a
assessoria responsável pelo espaço divulgou um comunicado, com a seguinte
explicação: “Eles viriam aqui para a área Heineken (que chamamos de vipinho por
ser um espaço menor) ou direto para a área vip do Rock in Rio (que chamamos de
vipão por ser um espaço maior)”.
Vipinhos e vipões, aparentemente, se
divertiram com a notícia da existência deste Everest da fama. O ator Marcos
Pigossi, vipinho, observou: “Eu realmente não ligo para isso, tenho objetivos
de vida maiores do que ser ‘vipinho’ ou ‘vipão’.” Já a atriz Barbara Paz,
categoria vipão, mostrou-se magnânima e tentou consolar quem ficou no início da
escalada da fama: “Sou uma atriz, uma pessoa como qualquer outra. Vip somos
todos, dependendo do momento”.
Especialista no assunto fama, o promoter
David Brazil ensinou: “Nós que trabalhamos com isso sabemos que é normal. As
pessoas de fora podem achar que é preconceito, mas não é. É a realidade. Tem
famosos que atraem muito mais mídia que outros, como uma Juliana Paes e uma
Carolina Dieckmann, por exemplo. Mas sempre que a Heineken quiser estarei lá no
vipinho bombando.”
Fonte: Mauricio Stycer, do UOL
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