Ficar longe da televisão é algo inconcebível para a maioria dos artistas. Mas não é este o caso de Gisele Fróes, a Jane, de "Escrito Nas Estrelas", da Globo, que ficou 18 anos afastada da telinha desde sua primeira aparição como atriz, em 1986, na novela "Mania de Querer", da extinta Rede Manchete, retornando a gravar em 2004, no seriado "A Diarista", da Globo. "Não fiz isso por convicção. Acredito que para entrar na TV, tem de se empenhar. Esse tempo foi necessário para amadurecer a minha carreira", explica ela, que dedicou-se ao teatro durante os anos ausente das câmaras.
Nos palcos foi onde Gisele se sentiu mais à vontade. Tanto que, em 2004, com o espetáculo "Deve haver algum sentido em mim que basta", ela ganhou o Prêmio Shell na categoria de Melhor Atriz. A produção era feita em cima de improvisação e possibilitou uma transformação tanto pessoal, quanto profissional. "O espetáculo me ensinou a experimentar, a trazer minhas emoções para cena e a construir esse caminho com maturidade. Foi muito importante fazer televisão depois dessa peça", afirma a atriz, que logo em seguida entrou no ar em "Belíssima", exibida pela Globo em 2005. Depois disso ela não parou mais. Nos últimos seis anos, Gisele se dedica a novelas, minisséries, seriados, teatro e não pensa em hiato. "Adoro trabalhar e amo muito o que faço. Toda essa paixão me faz aceitar vários trabalhos e personagens".
Mas é engano pensar que a atriz aceita tudo que é oferecido. Para ela, não há qualquer problema em recusar papéis que não curte. "Geralmente eu descubro um canal de conexão com o personagem e ali vejo se está a minha felicidade e realização", entrega. Um conselho dado pelo pai, o ator Rogério Fróes, é também o que norteia Gisele em suas decisões pessoais e profissionais. "Ele sempre me diz 'faça a escolha certa, sempre escolha o que vai te deixar mais feliz'", confidencia ela, que diz que não sofreu qualquer pressão na carreira por influência paterna. "Ele é um exemplo de dignidade em tudo e também no trabalho. Isso sim me influencia", garante. Mas quando foi convidada para dar vida à médica Jane, a atriz não teve dúvidas para decidir se abriria ou não mão do cabelo crespo. "O ator tem de servir o personagem. Acho que uma médica como ela faria escova", acredita.
Faltando alguns meses para o fim da novela, Gisele se mostra reticente quanto ao futuro amoroso da sua personagem com o namorado. "Se o Ricardo não quiser a Jane é um vacilão", brinca, aos risos, referindo-se ao médico vivido por Humberto Martins. Segundo a atriz, um dos principais desafios deste momento no folhetim é a missão de imprimir em Jane dignidade e amor próprio, com nuances de ciúme e insegurança. "Tenho de trabalhar com isso", admite ela. Na trama, sua personagem não aprova a presença de Viviane/Vitória, personagem da atriz Nathalia Dill, na casa do amado. Mesmo assim, a atriz busca em suas atuações não parecer vítima, mas uma mulher madura e que apenas deseja a felicidade do namorado.
Quando não está trabalhando, Gisele gosta mesmo é de viajar. A carioca sonha em viajar todo o Brasil. "Quero também conhecer a Índia e a China", planeja. Por enquanto seu foco é o trabalho. Ela aguarda a pós-produção do seu primeiro longa, "VIPs", do diretor Toniko Melo, com estreia prevista para o segundo semestre deste ano. No filme, Gisele interpreta a mãe de um rapaz, vivido por Wagner Moura, que aplica golpes fingindo ser filho do dono de uma importante companhia aérea. "A relação entre eles é misteriosa. Tem um pouco de admiração e também saudade", defende.
Fonte: UOL TV
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