Nesta terça (26), a Rede Globo completa 46 anos de funcionamento. Em 32 anos e meio deles está presente o "Globo Esporte". E a partir de maio, mais precisamente dia 16 (com prazo máximo de um mês e meio para início), o jornal diário esportivo sofrerá a maior de suas mudanças: não haverá mais uma edição nacional. Todos os Estados terão jornais regionalizados, mesclando notícias locais com reportagens nacionais e internacionais.
Desde o último sábado (23) estou apurando o assunto a partir de dica de um seguidor twitteiro (crédito a quem merece: Flávio Gelschyn o nome dele), que indicou dois links que falaram disso: um, do blog do jornalista caruaruense Mário Flávio Lima, que no dia seguinte comentou Porto x Santa Cruz no PFC; e outro, da comunidade "Telejornais Locais" do Orkut, em post de Gilson Boschiero, apresentador do "ParanáTV" na RPC TV de Guarapuava.
No mesmo sentido a confirmação veio em post no Twitter da atual apresentadora nacional (todo o país exceto SP, MG e Grande Rio), Cristiane Dias. Fiz contatos com gente do Brasil inteiro em busca de informações e o que apurei é que o assunto ainda não é falado às claras por ser interno, mas que será isso mesmo que leem.
Aí o leitor pode se perguntar como isto será possível, já que realmente muitos Estados tem condições de fazer um "GE" com até 90 ou 95% de assuntos locais, mas vários outros mal preenchem o bloco local de, em média, 6 a 7 minutos.
O segredo está na criação da "Agência GE". Todos os dias, por volta das 11h30, a matriz do Rio de Janeiro vai gerar via satélite materiais nacionais e internacionais no padrão da rede, em torno de 25 minutos de produção. Em cima deles cada afiliada montará seu "GE" local mesclando com os assuntos regionais, que serão maioria em algumas edições e minoria em outras dependendo do volume de pautas. Em comum entre todas elas será a apresentação totalmente local.
Em 2008, recordarão os leitores desta coluna, o "Globo Esporte" nacional foi transmitido também para SP, em formato que teve uma dupla na apresentação (Glenda Kozlowski e Tino Marcos) e mais a bancada em estilo clássico. Não deu certo e, no ano seguinte, os paulistas ganharam a edição local de volta, com o formato diferenciado adotado por Tiago Leifert, posteriormente aplicado à edição nacional tanto no cenário quanto na própria apresentação mais descolada e informal.
Ano passado, por algumas vezes, aconteceu o que efetivamente temos desde este ano: a região metropolitana do Rio ganhou um "GE" próprio, em faixa de complicada disputa por audiência com "SBT Rio" e "Balanço Geral" da Record.
E agora teremos esta mudança gigantesca. A cuidar a consequência dela nas diferentes praças Brasil afora nos próximos meses.
Fonte: Na Telinha
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