segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Rodrigo Lombardi relembra sua carreira


É bem fácil encontrar adjetivos para Rodrigo Lombardi. Além de talentoso, boa-praça e um exemplo de pai de família, ele também é lindo, dono de um sorriso incrível e super de bem com a vida! E por essas e outras que fomos atrás do galã para fazer uma entrevista exclusiva com ele, que atualmente está arrasando como o intérprete de Herculano Quintanilha, no remake de “O Astro”, da TV Globo.


Na adolescência, você tinha vontade de ser jogador de vôlei. O que te fez mudar de ideia e investir na carreira de ator?
Eu realmente fui jogador de vôlei, garçom e agente de viagens. Além disso, eu vendia roupas e ajudava o meu pai, que era representante de moda masculina. Ele vendia da fábrica para as lojas e eu carregava roupas, ia de cliente em cliente. No vôlei, eu fui até onde eu consegui. Quando vi que a minha altura era um problema, resolvi parar. Depois, morei um tempo em San Diego, na Califórnia. Quando voltei, arrumei um emprego na agência onde tinha comprado o meu curso. Saí da agência para ser garçom em uma rede de restaurantes. Fique quase um ano lá. Mas, nessa época, eu já estava começando um grupo de teatro, fazendo as primeiras peças amadoras.

No que estas profissões lhe auxiliaram na hora de optar pela atuação?
Todas as profissões ajudam na carreira de ator, porque o que a gente estuda é o dia-a-dia do comportamento humano.

Você brilhou no teatro, antes de ir à televisão e estrear em “Meu Pé de Laranja Lima” (1998), da Band. Como foi este processo de mudar dos palcos para diante das câmeras? Como recebeu o convite da emissora para atuar na novela?
Eu estava fazendo teatro amador, quando fiz um teste para "Meu Pé de Laranja Lima" e passei. Foi uma sensação maravilhosa! Um dia, um colega de elenco fez questão de me apresentar ao diretor Eduardo Tolentino (Grupo Tapa). Fui ser aluno do grupo, estudei, estudei, estudei e fiquei sem dinheiro. Até pensei em abandonar a carreira, mas meu professor no Tapa me convenceu a ficar, oferecendo uma bolsa e uma pequena ajuda de custo para as funções de contrarregra e assistente de iluminação em outras peças do grupo. Algum tempo depois, montamos “A Mandrágora” e fiz o papel de “Calímaco”. A partir daí, minha carreira mudou novamente.

Já na Globo, você atuou em vários trabalhos consecutivos. Como você lidou com a preparação dos personagens e o desgaste físico e mental por conta dos trabalhos ininterruptos?
Emendei cinco novelas seguidas: “Bang Bang” (2006), “Pé Na Jaca” (2007), “Desejo Proibido” (2008), “Caminho das Índias” (2009) e “Passione” (2010). É estressante. No fim de “Passione”, fiquei até doente. Mas, não dá para reclamar. Agora, sou profissional de cena. Antes, eu tinha o desemprego. É uma carreira que pode ser ingrata, que dá pouco ao ator. Conheço dez atores da minha geração, melhores do que eu, que estão passando perrengue.

Como conquistou a oportunidade de se tornar o inesquecível Raj, de “Caminho das Índias”?
Eu estava confirmado para a minissérie "Maysa" (2009), do Jayme Monjardim, quando fiquei sabendo que a Glória Perez queria que eu fizesse o Raj. A decisão foi tomada entre eles.

De que maneira você encarou a preparação para o personagem?
Foi uma experiência muito rica, porque antes de ir para a Índia tivemos um mês de workshop sobre as tradições, valores e cultura. É sempre muito interessante comparar culturas tão distintas e, principalmente, entender quais os fatores que os levaram a ser como são. Quando você estuda sobre a Índia e seus valores, você passa a respeitá-los mais. Acho que estamos passando por um momento de repensar nossos valores com filhos, relacionamentos, caráter e é muito importante conhecermos culturas diferentes. Sem dúvida esse trabalho de imersão que fizemos na cultura deles é superimportante para a construção do personagem. O Raj é um príncipe, um homem correto que respeita as tradições da família e luta por elas. Raj foi uma consequência de foco. Trabalhei como numa carpintaria: lapidando o personagem, melhorando-o todo o tempo. O Raj tinha uma linha de raciocínio parecida com a minha: você colhe o que planta.


Sobre “O Astro” (2011), como você lida com a responsabilidade de atuar num remake?
É muito bom fazer uma obra que já foi aceita antes mesmo da estreia. Quando a gente fala de “O Astro” todo mundo já canta a música, fala do turbante, fala do [Francisco] Cuoco. Poder edificar isso é incrível. Não vi a primeira versão, porque era muito criança. Tentei assistir alguma coisa na internet. Mas, quando vi a primeira cena, parei. Porque era muito boa e isso me intimidou.

E como é seu relacionamento com o Francisco Cuoco?
Eu pesquisei outras novelas do Cuoco para pegar um pouquinho da experiência dele. Por tudo que ele já passou, por tudo o que ele já viveu, Chico é uma enciclopédia, um gentleman! Acho uma honra contracenar com ele, especialmente representando este papel. Herculano foi tão bem vivido pelo Cuoco que fica até mais confortável fazer. A atuação dele foi tão boa que não quis me tornar uma cópia, quis dar outra identidade ao personagem. Não acreditamos na necessidade de fazer algo como se fosse um espelho. Cada um tem a sua leitura, com suas emoções e empenho.

Por ser casado e ter um filho, como você lida com a exposição da família? Falando neles, como vocês aproveitam o tempo juntos?
Apesar da falta de tempo, qualidade é o que importa. Quando estamos juntos [Rodrigo é casado com Betty Baumgarten, mãe de seu filho Rafael] é um grude só, uma delícia! A gente adora ver desenho, ir ao cinema, eu conto histórias. Pretendo retomar um texto que comecei há muitos anos e fazer um espetáculo infantil especialmente para ele.

Fonte: Famosidades

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