Depois de se ver ameaçada de perder a verba
anual paga pela Prefeitura do Rio (R$ 8 milhões em 2013), a Orquestra Sinfônica
Brasileira encerra o ano com boas notícias: não só manteve o patrocínio como
ganhou do município um novo espaço para ensaio e vai ampliar seus concertos.
A partir de janeiro, a OSB passa a ocupar
parte da Cidade das Artes, complexo cultural localizado na Barra da Tijuca
(zona oeste do Rio), que inclui uma grande sala de concertos (com 1.222
lugares) e que havia sido planejado, dez anos atrás, para ser sua sede.
"Chegou-se a um acordo de ter uma sala
de ensaios para eles e algumas salas contíguas que servirão para administração
e produção. Em contrapartida, vamos ter um belo ciclo de concertos", diz
Emílio Kalil, presidente da Fundação Cidade das Artes.
Serão 65 apresentações da OSB no local em
2014, a partir de fevereiro; como a orquestra manterá sua temporada no Theatro
Municipal do Rio, deverá realizar de 110 a 140 concertos no ano, com seus três
corpos artísticos --OSB, Ópera e Repertório e OSB Jovem.
"Estamos mais do que dobrando o número
de apresentações da orquestra", diz Ricardo Levisky, superintendente da
Fundação OSB.
"O que faltava para a orquestra poder
continuar com o salto de qualidade que vinha dando era ter um espaço adequado
para ensaios e ampliar de forma expressiva as apresentações", diz ele.
Até agora, a fundação dividia os ensaios de
suas três orquestras entre os palcos de uma casa de shows na Barra e um clube
em Copacabana, pagando aluguel por ambos.
Com a mudança para a Cidade das Artes, poderá
concentrar as atividades.
"Primeiro entram os corpos artísticos,
os instrumentos e o acervo de partituras. A mudança do administrativo será
gradual, porque temos uma sede própria no centro", diz Levisky.
A OSB pagará aluguel pelo uso das salas da
Cidade das Artes (o valor ainda está sendo discutido) e também cederá 20% da
bilheteria de seus concertos, segundo Kalil.
Fonte: Folha
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