quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Piadas de Marcelo Rezende beiram o desrespeito


Só eu não acho a menor graça nas brincadeirinhas de Marcelo Rezende no "Cidade Alerta"? Alguns colegas têm escrito por aí que as intervenções do apresentador têm deixado a atração policialesca da Record mais leve, amenizando o estilo "mundo cão". Se isso for encontrar o tom...

As vítimas do "bom humor" do jornalista são os repórteres da atração. Fabíola Gadelha, de Manaus (AM), é uma que sofre bullying ao vivo frequentemente e tem que fazer cara de paisagem ou de que está achando tudo muito engraçado. Na verdade, está sendo exposta ao ridículo, assim como os outros.

Recentemente, o fato de Rezende ter "dado uma bronca" na repórter Narla Aguiar, que apareceu sentada ao ser chamada num link, ganhou grande repercussão. Confesso que, ao ver o vídeo, achei que aquilo tinha jeito de coisa combinada, assim como em algumas entradas do repórter Luiz Bacci, do Rio de Janeiro. Às vezes se sujeitam, às vezes ficam sem graça, de fato.

Armação ou não, o apresentador costuma "implicar" com a roupa que os colegas estão usando e até com a forma com que conduzem seus trabalhos. É aí que mora o perigo! Para passar do que considera uma "irreverência" à prática de assédio moral em rede nacional é um pulo. A linha para atingir o desrespeito é muito tênue.

O portal "Notícias da TV" acaba de divulgar que a mãe da repórter Fernanda Burger passou mal em casa após ver o apresentador sujeitar sua filha a todo tipo de bronca e chacota durante uma entrevista. Fernanda falava com o pai de uma garota, estuprada às vésperas de seu aniversário, e disse que “eles não teriam o que comemorar" naquela data.

Pode ter sido uma gafe? Pode. Mas não justifica o desrespeito de Rezende. Os profissionais não podem ter sua credibilidade ameaçada por excessos de alguém que quer transparecer seu "poder" sobre subordinados.

Não só as moças, mas até o renomado Percival de Souza e o comandante Hamilton são expostos no jornalístico. Mas ambos têm que fazer a política da boa vizinhança. Assim como Rezende, Datena (Band) é outro que volta e meia gosta de "contestar" seus repórteres e entrevistados ao vivo (a fama de ambos nos bastidores não é das melhores).

No final, fica feio para eles que precisam usar desse artifício questionável com colegas de profissão sob o pretexto de parecerem "engraçados" ou se sentirem os "donos da verdade". Ouvem só o que lhes interessa, acham que só eles estão certos e que os outros são obrigados a "aturá-los" e rir de suas "piadinhas".

Será que tem telespectador que acredita?

Fonte: Yahoo

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