Já se foi o tempo em que piadas sobre gays e mulheres seminuas eram os principais ingredientes de um programa de humor. Não que a estratégia ainda não seja usada. É só reparar no "Zorra Total" e "Casseta & Planeta Urgente!", ambos da Rede Globo, que, aliás, têm os maiores índices de audiência entre os humorísticos da TV aberta (veja os dados no quadro abaixo). O “Pânico na TV” também usa esse recurso.
Mas, atualmente, em pleno século 21, os conceitos mudaram um pouco e outras fórmulas começaram a aparecer. Criou-se, por exemplo, a iniciativa de deixar os estúdios e buscar o humor nas ruas. O enfoque no jornalismo também voltou a vigorar e o “CQC” tem sido mestre neste quesito.
O assunto “celebridades” passou a ser obrigatório, na maioria das vezes na base da chacota, bem como as entrevistas rápidas com políticos. Com perguntas diretas e provocativas, os programas mostram a reação espontânea dos entrevistados.
É bem verdade que, em alguns casos, as reações viram agressão física, como já aconteceu algumas vezes com o repórter do "CQC", Danilo Gentili. Teve uma época em que as agressões eram tão constantes que chegaram a questionar se Gentili não fazia isso como estratégia para aumentar a audiência do programa.
Já o "Pânico na TV" subestimou a inteligência (ou o humor) do telespectador ao fazer com que a agressão viesse por parte da "repórter". Recentemente, o humorístico da Rede TV! tirou do ar o quadro “Mulher Arroto”, em que a modelo Vanessa Barzan fingia ser uma jornalista e, em vez de perguntar algo, arrotava no rosto dos famosos. Ao tentar fazer isso com a atriz Laura Cardoso, de 82 anos, atores e telespectadores se indignaram e partiram para o ataque no Twitter. Acabou a "graça".
“Acho o ‘Pânico’ muito apelativo. Às vezes, eles perdem um pouco a noção”, opina Carlos Alberto de Nóbrega, que há 23 anos comanda o “A Praça é Nossa”, no SBT.
Fonte: UOL TV
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