sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Menina que quer ser menino vira celebridade


Desde que apareceu no “Pânico” e ganhou espaço na mídia pelo fato de optar por se transformar em menino, a mineira Tereza Brant virou praticamente uma celebridade nas redes sociais. Aos 20 anos, a jovem de Belo Horizonte - que começou a tomar hormônios para ganhar aparência masculina há três anos - acumula dois perfis quase lotados no Facebook e em breve terá que mudar o número de seu telefone. “As fãs descobriram meu número e ligam de todos os lugares do Brasil para falar comigo. Está uma loucura!”, festeja ela.

A maioria das ligações são feitas por meninas. Elas se declaram a Tereza e se dizem dispostas a tudo para ficar com ela. “Agora está entrando uma ligação com um código aqui de uma cidade que começa com 95. De onde é isso, gente?”, diverte-se ela, ao telefone.

Quem não conhece a história de Tereza e a vê em sua rotina acredita mesmo que ela é um menino. Mas, na verdade, ela nasceu menina e se comportou assim até os 17 anos, quando procurou um endocrinologista para dar início a sua transformação. Com a ingestão de hormônios, pelos passaram a crescer em seu rosto e os seios diminuíram. Mas apesar de investir na transformação, Tereza garante que a única cirurgia que deseja fazer é nos seios. “Desde que comecei o tratamento, meus seios praticamente desapareceram. Agora quero tirar o resto dos mamilos que sobraram”, explica.

Antes da fama repentina era Tereza quem atendia o seu próprio telefone e isso acontecia, diversas vezes, enquanto se locomovia por Belo Horizonte dentro de um ônibus. Mas depois de fazer uma participação no programa “Pânico” ao lado de Sabrina Sato, as coisas mudaram. A nova "celebrity" conta hoje com um produtor e um assessor de imprensa. Antes de qualquer entrevista, as perguntas precisam ser encaminhadas por email para o seu representante, que aprovará ou não a pauta. “É para a Tereza ser preservada”, esclarece o assessor. “Essa pergunta está fugindo do roteiro”, reclama Tereza, sobre questões que não foram incluídas no email, como, por exemplo, qual é a sua preferência sexual. “Me interesso por pessoas e elas podem ser meninas ou meninos. O que me chama a atenção é a essência delas e se mexem comigo. O resto não me importa muito”, responde ela.


Apoio dos pais - Tereza é filha de uma instrumentadora cirúrgica e de um funcionário aposentado de uma agência bancária estatal. Ela mora com a mãe e garante que seus pais encaram com naturalidade a sua transformação. “Minha família nunca teve preconceito e aceita o meu processo de forma natural. Desde que minha história veio à tona, as pessoas passaram a me respeitar”.

O guarda-roupa de Tereza segue o estilo "patricinha" em versão masculina, segundo ela mesma define. A mineira gosta de vestir calças coladas e às vezes segue a linha skatista, com camisetas esportivas. “O que vou vestir depende muito do dia e do programa que farei”, explica ela, que mantém  a forma na academia e seguindo a orientações de um nutricionista.

Se depender da força de vontade, o futuro profissional de Tereza é promissor. Ela quer levar para os palcos um stand up comedy com as histórias engraçadas que vive por ser confundida com um menino. Só não peça para ela antecipar um momento curioso pelo qual já passou na vida. “Vou contar tudo no palco. Não posso antecipar nada!”, desconversa.

Fonte: EGO

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