Desde que apareceu no “Pânico” e ganhou
espaço na mídia pelo fato de optar por se transformar em menino, a mineira
Tereza Brant virou praticamente uma celebridade nas redes sociais. Aos 20 anos,
a jovem de Belo Horizonte - que começou a tomar hormônios para ganhar aparência
masculina há três anos - acumula dois perfis quase lotados no Facebook e em
breve terá que mudar o número de seu telefone. “As fãs descobriram meu número e
ligam de todos os lugares do Brasil para falar comigo. Está uma loucura!”,
festeja ela.
A maioria das ligações são feitas por
meninas. Elas se declaram a Tereza e se dizem dispostas a tudo para ficar com
ela. “Agora está entrando uma ligação com um código aqui de uma cidade que
começa com 95. De onde é isso, gente?”, diverte-se ela, ao telefone.
Quem não conhece a história de Tereza e a vê
em sua rotina acredita mesmo que ela é um menino. Mas, na verdade, ela nasceu
menina e se comportou assim até os 17 anos, quando procurou um endocrinologista
para dar início a sua transformação. Com a ingestão de hormônios, pelos
passaram a crescer em seu rosto e os seios diminuíram. Mas apesar de investir
na transformação, Tereza garante que a única cirurgia que deseja fazer é nos
seios. “Desde que comecei o tratamento, meus seios praticamente desapareceram.
Agora quero tirar o resto dos mamilos que sobraram”, explica.
Antes da fama repentina era Tereza quem
atendia o seu próprio telefone e isso acontecia, diversas vezes, enquanto se
locomovia por Belo Horizonte dentro de um ônibus. Mas depois de fazer uma
participação no programa “Pânico” ao lado de Sabrina Sato, as coisas mudaram. A
nova "celebrity" conta hoje com um produtor e um assessor de
imprensa. Antes de qualquer entrevista, as perguntas precisam ser encaminhadas
por email para o seu representante, que aprovará ou não a pauta. “É para a
Tereza ser preservada”, esclarece o assessor. “Essa pergunta está fugindo do
roteiro”, reclama Tereza, sobre questões que não foram incluídas no email,
como, por exemplo, qual é a sua preferência sexual. “Me interesso por pessoas e
elas podem ser meninas ou meninos. O que me chama a atenção é a essência delas
e se mexem comigo. O resto não me importa muito”, responde ela.
Apoio dos pais - Tereza é filha de uma
instrumentadora cirúrgica e de um funcionário aposentado de uma agência
bancária estatal. Ela mora com a mãe e garante que seus pais encaram com
naturalidade a sua transformação. “Minha família nunca teve preconceito e
aceita o meu processo de forma natural. Desde que minha história veio à tona,
as pessoas passaram a me respeitar”.
O guarda-roupa de Tereza segue o estilo
"patricinha" em versão masculina, segundo ela mesma define. A mineira
gosta de vestir calças coladas e às vezes segue a linha skatista, com camisetas
esportivas. “O que vou vestir depende muito do dia e do programa que farei”,
explica ela, que mantém a forma na
academia e seguindo a orientações de um nutricionista.
Se depender da força de vontade, o futuro
profissional de Tereza é promissor. Ela quer levar para os palcos um stand up
comedy com as histórias engraçadas que vive por ser confundida com um menino.
Só não peça para ela antecipar um momento curioso pelo qual já passou na vida.
“Vou contar tudo no palco. Não posso antecipar nada!”, desconversa.
Fonte: EGO
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