Difícil encontrar alguém contrário às
manifestações, que vieram se espalhar nas ruas das grandes cidades, colocando
com transparência a indignidade e insatisfação de toda a sociedade com os desmandos
em nosso país.
Mas como bem colocou o jornalista Hélio
Schwartsman, na Folha de ontem, em todo e qualquer movimento de massa há
motivos tanto para júbilo como apreensão.
As manifestações de agora, de maneira
inevitável, farão nossas autoridades perceberem que os olhos estão voltados
para elas. Há o desejo de mudar o Brasil. Este é o lado positivo de tudo.
Devemos lamentar, no entanto, as cenas de
vandalismo e agressões a jornalistas ou a destruição de equipamentos de
televisão, como aconteceu com a unidade móvel da Record, em São Paulo. Foi
coisa de bandido. Atos que são condenados até pelas próprias lideranças do
movimento.
As principais emissoras de televisão, naquilo
que as suas próprias grades de programação permitem, têm procurado cumprir o
dever de informar da melhor maneira possível.
O destruído caminhão de externas da Record
não foi colocado nas proximidades da sede da Prefeitura de São Paulo por acaso.
Os profissionais, jornalistas e técnicos, ali estavam corajosamente para
cumprir uma missão.
A Bandeirantes, na TV aberta, é a que tem
procurado dar uma maior cobertura aos acontecimentos, inclusive passando por
cima de alguns compromissos da sua programação, como é o caso da igreja que
paga pela utilização daquele espaço.
Na terça-feira, José Luiz Datena ficou
praticamente 7 horas no ar, ao vivo. Só um profissional, com a sua capacidade
de improvisação, consegue chegar a tanto. O "Quem fica em pé?" já
está no ar. Durante este tempo, a Band permaneceu durante 36 minutos em segundo
lugar.
Fonte: Flávio Ricco
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