segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Novo "Vídeo Show" foi um tiro no pé


Após alguns programa exibidos, ficou claro que o "Vídeo Show" foi aniquilado. As matérias sobre os bastidores ficam soltas e entram no ar sem nem ao menos serem anunciadas. E tudo o que é apresentado no palco da atração ---- entrevistas, brincadeiras e música---- cansa ou causa constrangimento. Para piorar, entre tantos problemas, um acaba se 'destacando': Zeca Camargo.

O apresentador está a cada dia mais forçado e os exageros apresentados na estreia, ao invés de irem melhorando com o tempo, foram piorando. Zeca não consegue disfarçar o seu desconforto e ao tentar expor naturalidade, enfia os pés pelas mãos e irrita facilmente quem assiste. Além de sempre fazer questão de dizer que o entrevistado do dia é seu amigo pessoal, ele grita demais e pegou uma mania irritante de pedir aplausos a todo instante.

Aliás, a presença da plateia só serviu para aumentar a lista de equívocos, uma vez que só serve para aplaudir sempre que solicitada e rir de algumas brincadeiras que não têm a menor graça. A banda também não tem função e o próprio Zeca mostra não saber muito bem qual a utilidade dos músicos. E a sua
interação com os colegas de palco nunca fica natural, parece uma situação encenada e nada espontânea. O que dizer do carrasco-ajudante que se chama Walcyr? Se era para ser algo cômico, não deu certo.

A entrevista, por sua vez, não empolga e quase todas as perguntas já foram respondidas: ou em outros programas da Globo ou em matérias do próprio "Vídeo Show". E isso acaba evidenciando o quanto que foi errôneo transformar a atração, voltada para o passado da televisão e para os bastidores das gravações, em um 'talk-show'.

Ricardo Waddington é um diretor que esbanja talento e tem um profissionalismo admirável, entretanto, não há como negar que ele piorou o que já não estava muito bom. Afinal, o "Vídeo Show" já havia perdido o rumo quando seu estúdio recém-inaugurado foi simplesmente descartado, sem dar satisfação para o público, e quando resolveram abolir quadros clássicos, como o "Falha Nossa" (inclusive prometeram trazer de volta, o que não foi cumprido) e o "Túnel do Tempo".

Retirar Zeca Camargo da área jornalística e inseri-lo na de entretenimento foi um grande equívoco. O resultado catastrófico tem sido mostrado de segunda a sexta, em um programa que passou a ter como principal objetivo fazer graça onde não tem. Os próprios artistas convidados não disfarçam o incômodo com as brincadeiras bobas apresentadas e muitas vezes se veem obrigados a rir junto com o apresentador, que fica gargalhando o tempo todo e pedindo palmas.

Infelizmente, o novo "Vídeo Show" se transformou em um festival de vergonha alheia. Um dos programas mais queridos da Globo perdeu sua essência e ainda ganhou um apresentador que peca pelo exagero e pela artificialidade. Zeca Camargo precisa urgentemente parar e se auto-analisar. Caso contrário, a atração, que já se mostra repleta de erros, ficará inassistível.

Fonte: Sérgio Santos

Nenhum comentário:

Postar um comentário