Disposta a investir em novos talentos, a Globo encomendou sinopses de novelas a jovens autores de seu casting.
Entre os autores selecionados para entregar um projeto de folhetim está Patrícia Moretzsohn. Embora tenha apenas 35 anos, Patrícia já acumula seis trabalhos, entre produções próprias ou como colaboradora.
Na Globo, Patrícia escreveu cinco temporadas de "Malhação" ao lado de Emanuel Jacobina, Márcia Prates e Andrea Maltarolli. Ela também auxiliou a mãe, Ana Maria Moretzsohn, em "Estrela Guia" e mais tarde foi para a Band, onde adaptou as duas temporadas de "Floribella". Já em 2009, de volta ao canal carioca, emplacou duas temporadas seguidas de "Malhação" e colaborou com Bosco Brasil em "Tempos Modernos".
Essa não é a primeira vez que as emissoras de TV abrem espaço para que novos autores possam expor seus trabalhos. Nos últimos dez anos, Thelma Guedes, Duca Rachid e João Emanuel Carneiro foram promovidos de colaboradores a autores titulares. A Record trilhou por caminho similar com a contratação de Tiago Santiago, ex-colaborador da Globo, em 2004 e com um concurso de roteiristas que revelou Gisele Joras, autora dos sucessos "Amor e Intrigas" e "Bela, a Feia". Já o SBT optou por uma solução caseira ao conceder a Iris Abravanel, esposa de Silvio Santos, oportunidade de escrever "Revelação" e de adaptar "Vende-se um Véu de Noiva".
Fonte: Na Telinha
Bem, Marcos, de "new faces", esse povo não tem nada. Patrícia é filha de Ana Maria Moretzsonh. As filhas de Benedito Ruy Barbosa também devem estar no gatilho do pistolão. Thelma Guedes e Duca Rachid não renderam o esperado. "O Profeta", baseada num original de Ivani Ribeiro, com supervisão de texto de Walcyr Carrasco, não foI lá essas coisas. "Cama de Gato", uma argumento original da dupla, e com supervisão de texto João Emmanuel Carneiro, começou bem, mas degringolou.
ResponderExcluirNão estou malhando os novos autores,longe de mim. Só acho que a Globo necessita formar um "casting" de verdade, e não ficar tapando o sol com a peneira. Os veteranos, assim como Aguinaldo Silva, são os mais indicados para essa empreitada, dividindo seus conhecimentos e "farejando" realmente a nova safra. Novelistas entedem de novelas, e os homens de negócios entendem de negócios. Os executivos da Globo precisam ouvir o que a "velha-guarda" tem a dizer.
Pois é, Alex, o que eu entendi que o grande Boni defende, é mais ou menos isso que você falou: deixar que NOVOS, realmente NOVOS, roteiristas se arrisquem, com novas histórias, novos formatos, novas experiências.
ResponderExcluirEsse pessoal que a Globo chama de "novo", na verdade está com 10, 20 anos de profissão. Eu não acredito que um roteirista precise ficar 20 anos fazendo estágio para conseguir comandar uma trama sozinho. Acho que essa coisa da idade pesa na seguinte situação: você não pode botar um garoto de 18 anos para escrever uma novela sozinho, porque ele não tem experiência de vida pra isso. Mas também não precisa começar a escrever aos 60... Temos casos de autores jovens que estão mandando muito bem, como é o caso de João Emanuel Carneiro, Tiago Santiago e outros.
O problema é que a Globo demora demais a dar uma oportunidade aos "colaboradores". Essa mentalidade tem de mudar. A emissora precisa estudar um meio de dinamizar essa passagem do bastão de uma geração pra outra. Caso contrário em 10 ou 15 anos ficará à deriva.
Só complementando uma informação do seu comentário: Duca Rachid e Thelma Guedes agradaram à direção da Globo. "O Profeta" alcançou razoável sucesso, tanto que a emissora contemplou as autoras com sua primeira novela solo, que foi "Cama de Gato". Esta também agradou, tanto que elas retornam agora com "Cordel Encantado".
Mais uma vez, endosso suas palavras, Marcos. Agora, quanto Thelma e Duca, emiti um ponto de vista pessoal. Espero que "Cordel Encantado" me surpreenda.
ResponderExcluir