A atriz Eva Wilma (78) adorou a relação que o
autor Aguinaldo Silva (67) traçou entre a personagem tia Íris, em Fina Estampa,
e a vilã Altiva, em A Indomada. “Eu fiquei muito honrada, a novela inteira o
Aguinaldo colocava recordações da Altiva. A Íris relembrou a Altiva quase 15
anos depois”, comentou.
Além do bordão de Oxente, My God!, que Íris
repetia a todo momento, o escritor também traçou o destino final da personagem
inspirado no sucesso de Altiva. Isso porque, em Fina Estampa, Íris pega um
caminhão com Alice direto para Greenville, onde a vilã de A Indomada vivia. “Eu
penso nos próximos personagens, nunca penso em refazer. Mas eu acho que a
Altiva voltou sutilmente na Íris, tanto que ela terminou voltando para
Greenville dizendo que encontrou um Pitágoras que agora era Senador. Foi
divertido. Ele colocou até um ‘Oxente, My God!’, na novela inteira ele usou um
bordão da Altiva. Eu admiro muito o humor crítico que o Aguinaldo tem. É uma
parceria longa. Temos uma sintonia grande. Foi divertido e ótimo, pois deu para
preservar até o final o prazer lúdico, que é a essência do ator, que é brincar
e a brincadeira inteligente”, afirmou.
As relações com A Indomada não acabaram
somente na tia Íris. O autor da novela também fez uma homenagem para a
personagem de Eva Wilma nos momentos finais de Tereza Cristina (Christiane
Torloni) em cena com a Griselda (Lilia Cabral) no galpão. “Inclusive, quando
ele colocou a Tereza Cristina jogando gasolina para tacar fogo na Griselda, era
uma referência à Indomada, porque a Altiva terminou assim. A Altiva colocou
fogo em volta da personagem Adriana Esteves, que era a heroína, e ela morreu
queimada virando fumaça e dizendo que ia voltar”, relembra.
Com o fim de Fina Estampa, a atriz pretende
descansar e se dedicar a si mesma. “Vou cuidar de mim. Eu fui no dentista e
agora vou me cuidar. Foram oito meses dedicados inteiramente ao trabalho, agora
vou focar em mim”, disse.
Além disso, ela quer voltar ao teatro. “Vou
voltar para escola. Vou representar no espaço cênico livre, no teatro. Eu uso
esse termo porque comecei no Teatro de Arena, em 1953, que era um espaço cênico
livre com o público a toda volta. É o mesmo teatro que está lá até hoje.
Atualmente a Funart administra e se chama Teatro de Arena Eugênio Kusnet. Eu
acrescento: Teatro de Arena José Renato Pécora, pois foi o Renato que começou com
tudo isso na América do Sul. Eu entrei em 1953, substituindo uma atriz. Foi o
primeiro Teatro de Arena na América Latina. Eu me apresentava em fábricas,
festas, casas e acabamos nos apresentando no Palácio do Catete, para o então
presidente Café Filho, que foi quando o Teatro de Arena estourou”, lembrou ela,
que também está analisando projetos teatrais encenar. “O projeto vai ser para
comemorar meus quase 60 anos de carreira”.
Fonte: Caras
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