terça-feira, 26 de junho de 2012

Os remakes são melhores que os originais?


Escrever remakes é uma forma de reconhecer uma obra de grande sucesso no passado , de apresentá-las ao público mais jovem e de matar a saudade, mas também é uma maneira de superar a falta de criatividade de autores atuais e salvar um horário da baixa audiência.

Geralmente, as novas versões ou as chamadas adaptações dão muito certo. Foi o caso de ‘O Astro’ e de ‘Ti-Ti-Ti’, ‘Éramos Seis’ e ‘A Escrava Isaura’. Ou então viram desastres como ‘Irmãos Coragem’ e ‘Pecado Capital’. De qualquer maneira, um remake de sucesso ressuscita a vontade de fazer outro. É por isso que ‘Gabriela’ e "Guerra dos Sexos" voltaram ou estão voltando à telinha.

‘Gabriela’: Ainda é cedo para falar do remake. A releitura de Walcyr Carrasco mostra uma Gabriela muito mais sensual e madura na pele de Juliana Paes. A personagem de Sonia Braga passava uma malícia mais natural e trazia maior frescor. Talvez por ter sido muito mais marcante que outros remakes, difificilmente entrará para história como em 1975.

‘O Astro’ (2011): Um sucesso. O remake assinado por Alcides Nogueira respeitou muito a obra de Janete Clair sem deixar de ser atual. O elenco estava em sintonia. Carolina Ferraz provou que tem fôlego para protagonista, e seu par romântico, Rodrigo Lombardi, também estava muito bem. Regina Duarte, que deu vida a Clô, mostrou que, quando faz uma despirocada, sempre se dá bem.

‘Ti-Ti-Ti’ (2010): Se existe alguém que sabe fazer uma boa adaptação, essa pessoa é autora Maria Adelaide Amaral (pelo menos quando se trata de obras de Cassiano Gabus Mendes). Além de ter feito ‘Anjo Mau’ (1997), ela adaptou duas novelas (‘Ti-Ti-Ti’ e ‘Plumas e Paêtes’) para o horário das sete e juntou numa só (‘Ti-Ti-Ti’). Claudia Raia, que deu vida à adorada Jaqueline, roubou a cena. Aliás, a novela foi dela. Mas, justiça seja feita, todo o elenco, que foi dirigido pelo ótimo Jorge Fernando, estava muito afinado.

Anjo Mau’ (1997): Adaptação de Maria Adelaide Amaral do folhetim de Cassiano Gabus Mendes (de 1976) correspondeu às expectativas e cativou o telespectador. Trouxe Gloria Pires como a babá Nice e Alessandra Negrini como a vilã Paula.

‘As Pupilas do Sr. Reitor’ (1994): Pegando carona no sucesso de "Éramos Seis", o SBT lançou o remake. A primeira adaptação do livro homônimo foi escrita por Lauro César Muniz (de 'Máscaras') em 1970 para a Record. O mesmo autor refez a trama para o SBT. Ela não teve o mesmo desempenho na audiência de sua antecessora, mas foi igualmente marcante. Trazia Juca de Oliveira, Debora Bloch, Du Moscovis, Luciana Braga e Tuca Andrada como protagonistas.

‘Cabocla’ (2004): Foi o lançamento de Vanesssa Giácomo no papel eternizado por Glória Pires. O remake da trama rural, adaptada pelo autor Benedito Ruy Barbosa em 1978, também foi escrito pelas filhas dele, Edmara e Edilene. A dupla respeitou o estilo do pai e a novela caiu no gosto de quem nunca tinha visto a história e também de quem já tinha assistido. A trama foi o aval que a emissora precisava para começar a refazer tramas de sucesso. E foi graças a ela que a mulherada brasileira conheceu Malvino Salvador (que cá para nós ficava bem melhor de barba!).

‘O Cravo e a Rosa’ (2000): A trama assinada por Walcyr Carrasco foi inspirada em "A Megera Domada", de William Shakeaspeare, mas também trazia referência de novelas como "A Indomável" (1965) e "O Machão" (1974). A novela alavancou o horário das seis, que até então tinha altos e baixos. Destaque para Adriana Esteves e Du Moscovis como protagonistas.

‘Ciranda de Pedra’ (2008): A adaptação do livro homônimo de Lygia Fagundes Telles para a TV foi um sucesso em 1981. Já a nova adaptação foi um fracasso. O elenco foi mal escalado, ninguém acreditava que Ana Paula Arósio poderia ser mãe de três meninas e a história não pegou.

‘A Escrava Isaura’ (2004): Segunda adaptação do livro homônimo. Foi um grande sucesso na Record e chegou a encostar na audiência da novela das sete da Globo, "Começar de Novo", que foi um erro assinado por Antonio Calmon. A Record recuperou suas forças com a novela depois da malsucedida "Metamorphoses". Destaque para a direção de Herval Rossano, que também dirigiu a versão da Globo (de 1976 e que se chamava "Escrava Isaura").

‘Irmãos Coragem’ (1995): Outro remake de um megasucesso de Janete Clair que não vingou. Tudo estava fora de lugar e a direção não se entendeu com os autores (Dias Gomes e Marcílio Moraes). Uma pena, porque o remake marcava os 30 anos da Globo, foi feito um enorme alarde e não correspondeu às expectativas. Destaque para Dira Paes (em sua segunda novela), que viveu Potira.

‘Louca Paixão’ (1990): Uma adaptação da Record da primeira telenovela brasileira diária, "2-5499 Ocupado" (1963), que tinha Tarcísio e Gloria Menezes nos papéis principais. A trama bem sucedida trazia Maurício Mattar e Karina Barum nos papéis principais.

‘Mulheres de Areia’ (1993): O remake da novela Ivani Ribeiro fez tanto sucesso quanto sua original apresentada e 1973. O folhetim também tinha personagens de outra trama de Ivani, "O Espantalho". Gloria Pires viveu as gêmeas Ruth e Raquel e foi muito elogiada. O elenco tinha atores Raul Cortez, Carlos Zara (que viveu o mocinho da primeira versão), Susana Vieira, Marcos Frota, que arrasou no papel de Tonho da Lua. Foi reprisada pela segudna vez no Vale a Pena ver de Novo em 2011.

‘O Profeta’ (2006): Remake da obra de Ivani Ribeiro, teve Thiago Fragoso e Paola Oliveira nos papéis principais. Bem escrita por Duca Rachid e Thelma Guedes, com supervisão de Walcyr Carrasco, a trama caiu no gosto do público mais uma vez. Tudo fucionou perfeitamente: os jovens atores, a direção, a cenografia. Um detalhe: a trama fez tanto sucesso na década de 1970 na Tupi que fez a Globo encomendar (a Janete Clair) uma história com a mesma temática, ‘O Astro’, e deu certo.

‘Paraíso’ (2009): O remake da novela de Benedito Ruy Barbosa, mais uma vez assinado por suas filhas Edmara e Edilene, ajudou a recuperar a audiência do horário das seis, que foi derrubada pelo fraco desempenho de ‘Ciranda de Pedra’, sua antecessora. Nem precisa dizer que a novela, a trilha e os atores foram muito elogiados pela crítica. Nathália Dill e Eriberto Leão viveram os protagonistas.

‘Pecado Capital’ (1998): Com Carolina Ferraz , Du Moscovis e Francisco Cuoco (que foi o mocinho da primeira versão), a adaptação de um dos folhetins clássicos de Janete Clair, foi, digamos, um fiasco. O publicou não se empolgou com a releitura feita por Glória Perez (que acrescentou novos personagens à trama). A impressão que se tinha é que a história não se encaixava com a realidade da época.

‘Selva de Pedra’ (1986): Ao contrário dos outros remakes de Janete Clair, este deu certo. Christiane Torloni arrasou no papel da enlouquecida Fernanda. A atriz entrando de vestido de noiva preto na igreja foi marcante para qualquer criança ou pré-adolescente da época. A trama não repetiu o grande desempenho da primeira versão, mas encantou o público.

‘Sinhá Moça’ (2006): Remake da novela de Benedito Ruy Barbosa baseada em livro homônimo. Adaptada por Edilene e Edmara Barbosa, a trama teve Débora Falabella e Danton Mello nos papéis principais. Novamente um sucesso. A novela apresentou Ísis Valverde como Ana do Véu. Desde então, a Suéllen de ‘Avenida Brasil’ não parou mais de trabalhar.

‘Sonho Meu’ (1993): Novela baseada em "A Pequena Órfã" (1968) e "Ídolo de Pano" (1974). A novela demorou para pegar, mas acabou conquistando o público.

‘Éramos Seis’ (1994): O remake da trama 1977 contava a história da família de Lola (Irene Ravache) e Júlio (Othon Bastos) na efervescente São Paulo dos anos 1930. Um primor tanto na direção quanto na cenografia e na atuação do elenco. Sabe quando tudo dá certo? O SBT investiu muito e obteve um ótimo resultado em pouco tempo. Foi a primeira novela de Ana Paula Arósio, Caio Blat e Otaviano Costa. Foi a quarta versão da trama e entrou para a história.

Fonte: Yahoo

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