Com 30 novelas no currículo, Antônio Fagundes
é um dos atores mais reverenciados da televisão brasileira. O veterano
interpretou tipos marcantes da teledramaturgia nacional, como o vilão Felipe
Barreto, de "O Dono do Mundo" (1992), o fazendeiro José Inocêncio, de
"Renascer" (1993), e o empresário Bruno Mezenga, de "O Rei do
Gado" (1997).
No ar como o dono do hospital San Magno, de
"Amor à Vida" - trama das 21h da Globo -, Fagundes contou ao
Famosidades que não realizou nenhuma pesquisa para montar o cirurgião César
Khoury. O artista, inclusive, revelou que nunca fez laboratório para
"encontrar o mundo" de seu personagem.
"Laboratório é coisa para químico. Somos
atores. Temos, ao longo da carreira, como formação profissional, a observação.
Isso faz com que sempre estejamos prontos para fazer um personagem. Todo mundo
conhece um médico, um advogado, um engenheiro, um arquiteto. Então, trazemos
essa experiência de vida para os personagens que vamos fazer."
Não realizar essa pesquisa tão comum no meio
artístico não é a única particularidade de Fagundes. O ator só decora o texto
da cena que vai gravar minutos antes de entrar no set. "Para a inveja dos
meus colegas", brincou.
Ele garante que não desenvolveu nenhuma
técnica para memorizar tantas falas em tão pouco tempo. "É um dom. Se eu
pudesse, eu passava para todo mundo, mas é meu mesmo. Não adianta ensinar. Cada
um descobre o seu jeito de decorar."
O veterano também assumiu que ficou frustrado
quando soube que iria gravar as primeiras cenas do folhetim de Walcyr Carrasco
no Peru, local onde passou férias com a família. "Quando eu vi, estava
voltando ao Peru para gravar. Não sabia que gravaríamos lá. Se eu soubesse, nem
tinha gastado. Gastei dinheiro à toa [risos]. Mas é muito bonito lá."
Mesmo assim, o ator não escapou dos efeitos
da altitude em Machu Picchu. "Passei um pouquinho mal. Fiquei com falta de
ar, mas é normal. Lá tem 3,5 mil metros de altitude. O ar é meio rarefeito.
Você leva uma semana, dez dias para se acostumar. Você escova o dente e tem que
sentar para descansar."
Além da novela, o ator está em cartaz no
teatro com a peça "Vermelho", ao lado de Bruno, seu filho. A agenda
atribulada, aliás, não lhe permite matar a saudade de antigos trabalhos que
estão sendo reprisados no canal Viva. "De vez em quando eu dou uma
zapeada, mas acompanhar não consigo. Eu até gostaria, porque eram novelas muito
boas."
Atualmente, ele pode ser visto no canal
fechado em três produções. Nas novelas "Rainha da Sucata" (1990) e
"Renascer" (1993), e na segunda versão do seriado "Carga
Pesada" (de 2003 a 2007). "Só dá eu, né? Não estão enjoando,
não?", perguntou.
Fonte: MSN
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