O ator, que vive o protagonista da série A Cura, diz que não é místico, mas acredita na energia das coisas, gosta de aprender durante a construção do trabalho e diz que viu os jogos da Copa da África em bares de Diamantina.
Há três anos você não fazia televisão. Por quê?
Os últimos projetos de que participei foram Os Maias, Os Aspones e Sistema. não fiz outros programas por conta de compromissos no cinema ou no teatro.
O que motivou você a voltar nesse projeto?
É raro eu poder fazer um drama na tevê e sinto falta dessa comunicação gigante com o público que assiste tevê. Além disso, achei a história do João emanuel muito peculiar. Um texto bem atraente. A parceria de João com o roteirista marcos Bernstein é muito rica em criatividade e é um prazer poder voltar a trabalhar com ricardo Waddington, que me dirigiu quando eu tinha 11 anos, na novela Corpo a Corpo. Estou fazendo o Dimas com o brilho nos olhos de quem tem o que dizer nesse veículo, a partir desse texto tão raro e precioso. estou feliz em colaborar com meu trabalho e fico na torcida para que o público aprecie nossa viagem.
Você vai interpretar um médico que tem poder de cura. Qual sua opinião sobre o assunto?
Não sou muito místico, mas acredito que exista algo que a gente não compreenda completamente. Tem muita coisa invisível transitando por aí e acredito nessas coisas não palpáveis. Sou de família católica, mas não sou religioso. Nunca vivenciei nada parecido, mas acredito em energia.
O que mais o fascina nesse personagem?
A complexidade, a ambiguidade dele. O Dimas é um médico, um mineiro discreto. Paira sobre ele uma fama de assassino, por conta de um episódio mal esclarecido da infância. Paralelamente, corre esse boato de que ele teria poder de cura.
Você tem feito personagens marcantes no cinema, como em Meu Nome Não é Johnny e Jean Charles. De que modo se preparou para fazer o Dimas Bevilláqua?
Gosto de chegar para um trabalho saudavelmente despreparado. Acho interessante esta descoberta no set. estou com os poros abertos, descobrindo como fazer tudo aquilo no calor do trabalho e é claro que vamos para o estúdio impregnados desta atmosfera de mistério que permeia o texto de A Cura.
Como foi a atmosfera de trabalho em Diamantina?
A gente passa a viver a rotina do lugar. Isso ajudou muito na composição do Dimas. A experiência de passar quase um mês nessa cidade que eu não conhecia foi única. Dimas é um herói solitário e as montanhas mineiras reforçaram minha impressão. A atmosfera de Diamantina é muito interessante e acabou interferindo positivamente no nosso trabalho.
E o clima de gravações com a equipe?
Muito bom. Gravamos em diversos lugares da cidade. O elenco é excelente, misturando atores conhecidos com talentos mineiros que o grande público não conhece.
Sentiu-se em casa pelo fato de também ser mineiro?
Com certeza. O povo mineiro é muito acolhedor.
Parece que vocês fizeram uma malhação forçada ao subir e descer as ladeiras da cidade diariamente.
O Dimas tem muitas cenas de ação, e Diamantina é cheia de ladeiras tortas. minha coluna reclamou (risos).
Vocês gravaram durante o período da Copa do Mundo. Como foi?
Assistimos a Copa praticamente inteira nos bares diamantinenses. A culpa pela derrota não foi nossa, nem do mick Jagger e nem do polvo Paul e sim do time sem criatividade montado pelo Dunga. Uma pena, mas seguimos em frente!
Fonte: Isto é Gente
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