Milhem Cortaz disse que as maldades de Abbas, de “Sansão e Dalila”, não o incomodam porque o ator, de maneira geral, precisa aceitar a ideia da "arte como um lugar de desconforto"
Cortaz contou que estava com a pele das mãos irritada tamanho era o embate com o brutal antagonista de Sansão (Fernando Pavão). Ele revelou que a maior dificuldade para compor o personagem foi entender sua maldade injustificável.
- Estou trabalhando em cima de um mito que não tem tanta humanidade. Sempre busco justificativas humanas para entender as ações dos meus personagens, mas dessa vez percebi que elas não existem.
O ator faz uma comparação entre Abbas e o personagem que o tornou famoso, o Fábio, policial corrupto do filme Tropa de Elite.
- O Fábio é politicamente incorreto, mas as atitudes erradas dele não são por maldade, não têm o objetivo de prejudicar ninguém. O que ele faz é burlar o sistema.
O ator, no entanto, diz que não se incomoda com a maldade de Abbas e o modo como o personagem o vem afetando. Ele diz que o ator precisa aceitar a ideia de que a arte é um lugar de desconforto.
- A arte não deve ser confortável, ela tem que incomodar. Não deve ser como o nosso sofá de casa.
Abbas, vilão que será obcecado por Dalila (Mel Lisboa), perseguindo-a de maneira doentia, terá ainda sua insegurança abalada quando passar a acumular derrotas para Sansão.
Ao que tudo indica, a intensidade do personagem tem tudo para revelar a excelente performance de Milhem na trama.
- Tenho expectativa de relação verdadeira com “Sansão e Dalila”. É meu trabalho mais complexo, mais forte, é o meu grande trabalho, é onde estou inteiro.
Com 16 capítulos, Sansão e Dalila será a primeira produção de teledramaturgia da Record totalmente em alta definição (HD). A minissérie tem direção geral de João Camargo e adaptação de texto de Gustavo Reiz.
Fonte: R7
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