quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Tom Cruise retoma o patamar de grande astro


Se depender do longa, Cruise tem sim chances de voltar ao estrelato com honra. A produção, dirigida por Brad Bird (das animações “Ratatouille” e “Os Incríveis”), é a melhor desde o primeiro filme da franquia, iniciada em 1996. Ação, efeitos especiais e uma boa história novamente casam perfeitamente, assim como ocorreu sob a batuta de Brian De Palma.

Muito se falou recentemente sobre indícios de que o ator iria passar a bola a partir dos próximos filmes para Jeremy Renner (“Guerra ao Terror”), que aqui interpreta o misterioso agente Brandt. Mas o que segura a onda de ‘Protocolo Fantasma’, definitivamente, é Cruise e as qualidades que o tornaram estrela. Aliado, é claro, a um bom trio de coadjuvantes, que além de Renner inclui a bela Paula Patton (“Preciosa”) e o simpático Simon Pegg (“Star Trek”).

Lembrando bastante a linguagem da série que deu origem à franquia, a trama do novo filme não exige muito cérebro - apenas que o agente Ethan Hunt (Cruise), mais uma vez, aceite a missão que lhe é imposta. O espião começa o longa como um prisioneiro na Rússia, até ser resgatado por Jane (Patton) e Benji (Pegg), em uma das sequências mais eletrizantes do gênero dos últimos tempos.

Logo, o trio descobre que um maluco russo quer lançar mísseis nucleares contra os Estados Unidos, pondo em prática planos há tempos esquecidos desde a Guerra Fria. Se a missão fosse só detê-lo seria simples, mas, para dificultar, Hunt e seus colegas são implicados em uma explosão contra o Kremlin – sede do governo da Rússia -, obrigando o presidente americano a acionar o tal Protocolo Fantasma, ou seja, eliminar a todos os implicados no ataque.

Sem o respaldo de seus empregadores, e ainda perseguidos pelas autoridades, os três – juntamente com o agente Brandt, que cai meio de paraquedas na história – vão tentar limpar a própria barra e ainda impedir a 3ª Guerra Mundial. Parece muito, mas para o agente Hunt é só mais um dia de trabalho. E ainda com o bônus de conhecer belos cartões postais como Budapeste, Moscou, Dubai e Bombaim.

O que Brad Bird consegue em ‘Protocolo Fantasma’, e que John Woo e J.J. Abrams não acertaram nos dois filmes anteriores da franquia, é dosar uma boa história com cenas de ação, sem soar cansativo. Cruise escala o prédio mais alto do mundo (a torre Burj Khalifa em Dubai), persegue o vilão durante uma tempestade de areia e ainda duela dentro de uma fábrica de carros indianos. Mas, em nenhum momento, as sequências são maçantes aos olhos do espectador. Tarefa nada fácil atualmente.

Além de prender a atenção, o longa também trouxe mais graça à franquia com a aquisição de Simon Pegg, que proporciona vários momentos cômicos. E Jeremy Renner e Paula Patton estão à altura de Cruise como mocinhos bons de briga. Ele com um mistério que depois será revelado, e ela tentando vingar a morte de seu amor, vivido por John Holloway (o Sawyer da série “Lost”).

Com tanta ação, quase nem dá para se importar com o excesso de merchandising das empresas de tecnologia, disparando seus últimos lançamentos a rodo durante o filme E, afinal, é disso que “Missão Impossível” se trata: bom cinema hollywoodiano de entretenimento, que, para ser bancado, necessita de muito dinheiro. Sem exigir muito do espectador, mas também sem deixá-lo mais burro.

Se a carreira de Cruise será revitalizada com a produção, só as bilheterias dirão.

Fonte: Yahoo

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