A TV Record reagiu à informação de que a sua
principal concorrente, a TV Globo, já garantiu os direitos de transmissão das
Copas do Mundo de 2018 e 2022. E bateu forte na concorrente. A emissora carioca
fez o comunicado do acerto na terça-feira e, nesta quarta, o canal paulista
divulgou uma nota oficial informando sua "absoluta surpresa" sobre a
decisão da Fifa. A Record informa que pretende estudar medidas judiciais
cabíveis na Suíça e no Brasil que garantam os direitos internacionais de negociação.
De acordo com a Record, a emissora foi
informada pela entidade que rege o futebol de que haveria uma licitação para
definir a melhor proposta para a transmissão dos Mundiais. A emissora afirma
ter como prova e-mails trocados entre executivos da Fifa e da Record após a
Copa do Mundo da África do Sul, em 2010.
"No encontro realizado no Hotel Fasano,
no Rio de Janeiro, a direção de nossa empresa ouviu garantias de que a
licitação seria pública, transparente e aberta em regime semelhante ao que a
Fifa realiza em países do mundo inteiro. Na oportunidade, a Record também
entregou à Fifa um documento oficial afirmando que concorda com todas as
condições para a aquisição dos eventos", diz o comunicado.
A Record diz, ainda que a concorrência foi
anunciada sem que qualquer outra empresa de comunicação do Brasil fosse
consultada. E, ao mesmo tempo, a Fifa teria iniciado processos de concorrência
em países europeus e sul-americanos, além de Estados Unidos, Canadá e
Austrália.
"É estranho verificar que para o Brasil
o método seja outro. Um contrato sem concorrência decidido 'fora do horário
comercial', sem ser à luz do dia e de forma transparente", continua o
comunicado. " Relevante, também, ressaltar que a empresa que teve seu
acordo prorrogado com a FIFA gosta de se auto intitular como um dos maiores
grupos de comunicação do mundo. Em contrapartida, mostra em seus métodos que
não aceita concorrência livre em que a melhor proposta seja a vencedora."
Em tempo: A Globo afirma não haver obrigação
legal de uma entidade privada, como a Fifa, de fazer concorrência. A Fifa não
respondeu.
Fonte: Yahoo
Já ouvi dizer que quando uma empresa fecha algum tipo de contrato, na hora de renovação a mesma tem prioridade em negociar primeiro, assim como no caso de um aluguel de um imóvel, por exemplo. A Globo só se valeu deste artifício que parece totalmente legal judicialmente.
ResponderExcluirExato, Guilherme. Foi isso que a Fifa argumentou em sua justificativa para renovar com a Globo.
ResponderExcluirPor outro lado, a FIFA não é um órgão público, logo não é obrigado a fazer processo licitatório. Poderia fazer se quisesse.
Pelo visto o argumento da Record só tem um nome: dor de cotovelo.