terça-feira, 31 de janeiro de 2017

BBB: 15 anos da máquina de fazer sucesso

Pedro Bial no 1º BBB

Um dos programas mais rentáveis e de maior repercussão nos verões da Globo, o "Big Brother Brasil" completa 15 anos neste domingo (29).

Agora sob o comando de Tiago Leifert, o programa já era muito falado no final década de 1990 nos jornais impressos do Brasil.

Numa edição de julho de 2000 do Jornal do Brasil, por exemplo, Sérgio Dávila escreveu um artigo com o título de: "Por que não tem 'Big Brother' no Brasil?", e pediu até para que a Globo arriscasse uma versão, já que não preparava nada de novo.

O "Big Brother", nome inspirado do personagem do livro "1984", de George Orwell, estreou na Holanda em 1999 e tinha a premissa de desafiar nove candidatos a um teste de sobrevivência.

Seriam 100 dias trancados dentro da uma casa em Amsterdã, soba mira cerrada de milhares de espectadores pela TV e internet. O prêmio: US$ 120 mil para o vencedor.

O original ainda levaria pouco mais de dois anos para ser produzido no país. Antes, em 2000, Silvio Santos teve a chance de comprar o reality. E não pagou porque achou caro. E preferiu "piratear" fazendo a sua inesquecível "Casa dos Artistas", em 2001.



No entanto, em maio do mesmo ano, a Globo já estudava não só uma nova edição do "No Limite" (a terceira naquela altura), como já tinha conversas avançadas com a holandesa Endemol.

Globo se apressa e lança "BBB" às pressas - Programado para estrear apenas em abril de 2002, a Globo correu com o sucesso da "Casa dos Artistas", do SBT, e em novembro de 2001, mudou o cronograma das coisas.


Ficou decidido que a versão nacional do "Big Brother" se chamaria "Big Brother Brasil" e seria disputado por 12 pessoas anônimas e não artistas. A ideia de levar celebridades foi ventilada, mas os diretores globais rechaçaram a ideia, ao menos nas primeiras edições.

A pressa da Globo visava evitar o desgaste da fórmula, já que o SBT anunciou, na época, uma segunda edição da "Casa", que acabou estreando em fevereiro de 2002.

O reality teve o prêmio de R$ 500 mil e 12 participantes. A casa foi anunciada com 850 metros quadrados com jardim, três quartos, salas de estar e de jantar, cozinha e TV.

Pouco mais de um mês antes de estrear, a Globo mudou o diretor arístico: saiu Luís Gleiser, que desde abril de 2001 acompanhava o projeto, para a entrada de Boninho, que havia dirigido a terceira edição do "No Limite".



Boninho, na realidade, foi "intimado" a dirigir o "BBB" após os bons resultados do "No Limite". A Globo atribuiu à ele a boa aceitação do reality.

Foi Gleiser, contudo, o responsável pela compra do formato do "Big Brother" pela Globo.

No dia 24 de janeiro daquele ano, a emissora revelou os primeiros participantes do "BBB": Adriano, Vanessa, Sérgio, Caetano, André, Alessandra, Xaiani, Cristiana, Helena, Estela, Kléber e Bruno. Kléber Bambam se sagraria o campeão. E Caetano foi o primeiro eliminado da história.

Na contramão dos argumentos da Globo, Boninho chegou a afirmar o seguinte em entrevista coletiva: "É impressionante como um produto não tem nada a ver com o outro". Os jornalistas questionaram o diretor sobre as similaridades entre o "BBB" e a "Casa".


A estreia - Estreando no dia 29 de janeiro de 2002, uma terça-feira, o "Big Brother Brasil" registrou uma média de 49 pontos com picos de 57 contra 12 do SBT, qu exibia o filme "Spawn - O Soldado do Inferno" no "Cine Espetacular". A apresentação ficou a cargo de Pedro Bial e Marisa Orth.

Na época, a Globo pensou muito em quem escolher para apresentar o programa. As comparações com Silvio Santos foram inevitáveis. Bial ficou por 16 edições, e Marisa Orth apareceu apenas na primeira.

A partir dali, o "Big Brother" se tornaria um fenômeno de audiência e repercussão na Globo. Além de ser uma máquina de fazer dinheiro, hoje em sua décima sétima temporada.

Fonte: Na Telinha

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