Autor experiente, Miguel Falabella decidiu
ousar em "Aquele Beijo" e trouxe para sua trama a inovadora figura de
um narrador. Personagem presente em várias estruturas literárias, o narrador
ajuda a trazer para o público uma visão
mais crítica da história. "Ter um narrador torna o espectador mais
inteligente. A ideia é ele não acreditar naquilo que está vendo, e sim entender
que aquilo é uma ficção feita para emocionar, gargalhar", conta Miguel.
Sem medo de contar sua história de uma
maneira diferente, Miguel diz que o narrador é uma figura provocante e que
indica caminhos para que as pessoas pensem sobre a trama. "Sou muito
público. Eu crio, e, ao mesmo tempo em que crio, consigo me distanciar da obra
e ser público dela. Aí eu volto a ser o Miguel da Ilha do Governador. E se eu
gosto, eu gosto, e se eu não gosto, eu apago e recomeço", revela.
Segundo Miguel, a resposta que o público tem
dado para o personagem do narrador está sendo ótima. "As pessoas têm me
dito coisas muito impressionantes. Eles conseguem entender a narração e amam,
se encantam. Fora que eu cito grandes clássicos. É bom você ver uma novela e de
repente escutar uma joia de Dickens", comenta o autor, referindo-se ao
autor britânico Charles Dickens, cujas frases fazem parte da narração de
"Aquele Beijo".
Com a voz marcante, Miguel tem muitos anos
trabalhando em televisão e, com isso, as pessoas sabem quem é o narrador.
"Tenho uma voz conhecida, então não é qualquer narrador, é o Falabella
contando a história", comenta o autor.
Fonte: O Planeta TV
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