Programada para estrear em abril, “Máscaras”,
a nova novela da Record, terá seus conflitos principais iniciados em um
cruzeiro, no qual acontecerão os 12 capítulos cruciais do início da trama. Em
entrevista, o autor Lauro César Muniz conta por que escolheu um navio para
ambientar parte de sua história, que será de caráter policial.
“Além de ter grande apelo entre o público
brasileiro, que ainda vê os cruzeiros como um espaço de glamour, tem uma
característica muito forte nesse tipo de viagem: quando as pessoas se desligam
do continente, passam a ter a sensação de que estão livres para viver fantasias
e para fazer aquilo que as máscaras sociais não permitem. Rola muito sexo
extraconjugal nos cruzeiros. Tem aquela movimentação nos corredores, um entra
na cabine do outro, rola muita troca de casais, enfim, o cruzeiro acaba virando
um bairro onde todo mundo se conhece.”
Todas as declarações do autor são baseadas em
sua própria experiência. Ele viajou em um cruzeiro para conhecer a dinâmica
desse tipo de viagem, inclusive o autor diz que essa "movimentação pelas
cabines" estará bem presente à novela, mas "em cenas
implícitas", porque "o país está muito reacionário".
“Máscaras” conta a história de Otávio
(Fernando Pavão, que protagonizou “Sansão e Dalila”), um homem atormentado pelo
desaparecimento de sua mulher Maria (Miriam Freeland) e do filho recém-nascido.
Por trás do sumiço, está uma trama policial.
“Escolhi fazer uma história policial, porque
tanto a direção quanto a audiência da Record gostam desse tipo de história.
Pode reparar que o jornalismo da emissora é assim: policialesco. Chama-se
“Máscaras” porque discute a questão da aparência. Tanto que os personagens
principais têm uma ou mais identidades falsas”, conta o autor.
Além disso, outro aspecto da trama envolve o
herói Otávio e o vilão Martin (interpretado por Heitor Martinez), que irão
trocar de identidade ou, nas palavras do autor, “um veste a máscara do outro”.
Segundo Muniz, a novela também terá um
deputado cujo nome é limpo, mas que se beneficia de um laranja (também Heitor
Martinez), sem falar na personagem de Paloma Duarte, que não tem identidade
nenhuma e que o autor chama de “nameless” (sem nome, em inglês). “Ela cometeu
um crime e para escapar da prisão acaba se entregando a uma gangue. Por isso usa
várias identidades o que a faz não ter identidade nenhuma.”
Fonte: UOL
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