“Na televisão nada se cria, tudo se copia”, dizia o apresentador Chacrinha, com muita sabedoria. Faltou apenas acrescentar: “Mas pode se aprimorar”. É o que “A Fazenda” conseguiu fazer nesta quarta edição com um recurso utilizado pelo concorrente BBB em suas últimas duas temporadas: a volta de ex-participantes do programa.
Na décima edição, cinco ex-BBBs tiveram a chance de voltar. Cada um associou-se a um grupo que disputava uma prova. Foi assim que Joseane retornou – e teve o direito de escolher mais um ex, optando por aquele que seria o vencedor do programa, Marcelo Dourado. No BBB11, cinco participantes que haviam sido eliminados do programa ficaram numa “Casa de Vidro” à espera do voto do público, que escolheu Mau-Mau.
“A Fazenda” copiou esta segunda experiência. Colocou três ex-participantes (Monique Evans, Franciely Freduzeski e Ana Paula Oliveira) numa “Casa da Roça”, isoladas dos demais “peões”, à espera do voto do público.
A novidade ocorreu no final do programa de quinta-feira. Coube às três, antes de saber quem seria a eleita, o poder de dividir 12 participantes em três grupos.
Monique, Franciely e Ana Paula montaram as equipes que gostariam de integrar. Por oito semanas, estes três grupos vão participar de atividades e disputar provas, para ao final um deles ficar com R$ 500 mil.
Seguramente, as três serão lembradas ao longo de todo este período pelas escolhas que fizeram. Para o bem e para o mal, deixaram uma marca interessante no jogo.
Escolhida pelo público, Monique já deixou sua marca no programa. Comemorou o resultado abraçando e beijando Britto Jr. Mas o beijou tanto que, a certa altura, lembrou-se de perguntar: “Você é casado?” Diante da resposta positiva do constrangido apresentador, tascou-lhe um beijo na boca.
Monique já havia dado outra mostra do que é capaz ao falar sobre uma novidade desta "Fazenda" - a presença de lhamas: "Olha aquela lhama, gente, parece que ela tem um dread na cabeça. É um bicho hippie, certeza que deve gostar de um baseadinho", afirmou.
O processo de imitação e apropriação de ideias alheias faz parte da rotina da televisão brasileira. Produtores costumam apenas mudar o nome e alterar algum detalhe antes de copiar um programa já exibido em outra emissora ou em outra época no próprio canal. Copiar, mas melhorando a cópia, é mais difícil. E “A Fazenda” merece crédito neste começo ao menos por isso. Veremos se conseguirá aprimorar outras ideias.
Fonte: Mauricio Stycer, do UOL
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