Não raro nos deparamos na mídia com manchetes envolvendo essa palavrinha-chave, capaz de causar calafrios em 9 entre 10 profissionais da TV. Em função do ibope vivem ou morrem os programas, sejam eles bons ou não. Em função dele cabeças são cortadas ou poupadas.
Mas um questionamento antigo sempre vem à tona: até que ponto esse sistema atual de medição reflete a realidade da audiência? Mesmo que seja uma pesquisa de amostragem, ela abrange um universo muito restrito se considerarmos o todo. Vejamos: São Paulo e Rio concentram algo como 13% de toda a população do país, uma base considerável para qualquer pesquisa.
Entretanto, se olharmos por outro prisma veremos que essa base não é tão confiável assim. O Brasil é quase um continente, temos diferenças significativas em quase todos os setores, principalmente o cultural. Eventos que arrastam multidões num canto do país são ilustres desconhecidos na outra ponta. Vide o caso de Parintins/AM. Diversas pesquisas extra-oficiais já comprovaram que há uma disparidade entre números apurados nas duas capitais e no restante do país. Muitos programas, principalmente os popularescos e novelas regionais, têm um apelo muito maior pelo interior que nas capitais.
Lembro-me certa vez
Enfim, as perguntas são muitas e as respostas são poucas. Quem sabe no futuro a TV possa usufruir dos mesmos recursos que a internet e possa nos dar todas essas respostas. Mas, por enquanto, salve-se quem puder.
O que você pensa sobre isso?