terça-feira, 22 de maio de 2018

Morte de Michael Jackson inspirou "Segundo Sol"


Vilões engraçados vão ocupar o horário nobre a partir desta segunda (14), juntamente com um cantor mascarado por uma falsa morte e o drama de uma mocinha que teve sua família dilacerada. João Emanuel Carneiro, autor de Segundo Sol, revela que sua nova história começou a ser traçada a partir da morte do ídolo pop Michael Jackson, em 2009.

"A história do Beto Falcão [Emilio Dantas] tem a ver com a de Michael Jackson. Pensei nele quando li que o astro faturou mais na semana em que morreu do que nos dez anos anteriores à sua morte. Mas tem inspiração também em vários outros artistas que passaram a ficar mais conhecidos com a morte", conta o novelista.

Na trama, Beto Falcão é um cantor decadente que é dado como morto em um acidente aéreo, em 1999. Ele assume outra identidade e se esconde numa ilha.

Ao apresentar a segunda fase da trama na sinopse, ele esclarece que, após uma passagem de 18 anos, Beto Falcão virou um popstar do axé depois da sua suposta morte e que suas músicas jamais foram esquecidas.

"Pelo contrário, sua fama se consolidou, colocando-o naquele panteão de figuras que saíram da vida para entrarem na história, assim como Mamonas Assassinas, Elis [Regina] e Cristiano Araújo", informa Carneiro no texto.


O autor vai alternar essa trama com a de Luzia (Giovanna Antonelli). Minha ideia inicial foi trazer uma família destruída, estilhaçada. Com essa mulher que quer reconstruí-la, juntar os caquinhos. Novela é um novelo, você vai juntando vários pedaços. Aí veio a história desse homem, desse anti-herói", conta o autor.

Segundo Sol terá 155 capítulos, um pouco menos do que suas antecessoras, que foram até o 173. "Mas já são muitos. Novela é muito texto", reclama.

Carneiro se revela inquieto, um autor que gosta de entregar logo as histórias e "remontar seu próprio brinquedo".

Ao se ver cercado por três, quatro jornalistas na lançamento da novela, ele deixou claro que seu negócio é escrever. Conciso nas respostas, Carneiro tentou encerrar a entrevista o quanto antes. Nos eventos de apresentação dos folhetins da Globo, é muito comum os autores e atores ficaram mais uma hora dando entrevistas para vários repórteres.

Na conversa com a imprensa Carneiro parecia ter pânico disso. A cada pergunta respondida dizia à reportagem: "Está bom, né?".

O forte dele é criar personagens que têm vários lados contrastantes, ninguém é só bonzinho ou mauzinho em suas novelas. "Agora, o Beto Falcão comete um erro humano para salvar a família. Ele mente que morre porque a fama dele só se dá com a morte. Gosto de lidar com essa zona cinza, com nosso livre-arbítrio", comenta.

O estardalhaço feito pela Globo ao lançar A Regra do Jogo em 2015 como uma novela de João Emanuel Carneiro, o autor de Avenida Brasil (2012), não se repetiu desta vez. A emissora nem poderia "vender esse peixe", já que a última trama do autor demorou para mostrar resultado no Ibope, sofreu com a concorrência de Os Dez Mandamentos e recebeu muitas críticas por ser violenta demais.

"Eu tenho que esquecer essa expectativa toda em cima de mim porque é uma coisa muito opressiva. No caso dessa novela, ela é muito singela, emotiva, de fácil compreensão, um canal direto de emoção com o público. Acho que ela vai emplacar por causa disso. A novela tem leveza e é muito bem-humorada."
  


Carneiro diz ainda que se orgulha de ter escrito A Regra do Jogo, mesmo sem ter sido uma trama popular como a emissora esperava. Ele afirma que não existe fórmula para o sucesso e que toda estreia, para ele, é como se fosse a primeira vez.

Sua vida durante uma produção não tem nada de glamour. "Escrevo 12 horas dia de domingo a domingo. Fazer novela é uma renúncia à vida pessoal", diz.

Seus companheiros nessa jornada são imaginários. Carneiro conta que o vilão é sempre um coautor em suas histórias. "O autor está na figura do vilão porque é ele que propõe a ação, propõe o tempo todo a história que vai adiante."

Agora ele vai ter duas vilãs na linha de frente, Laureta (Adriana Esteve), que gosta de ser má e não sua máscara, e Karola (Deborah Secco), uma golpista louca para esquecer o passado pobre.

A dupla será unha e carne, mas também fará um jogo de gata e rata em cena. Há um mistério sobre a ligação delas, algo que Carneiro quer esconder de qualquer maneira até o capítulo 100. Seriam mãe e filha? Amantes? Várias especulações estão surgindo.

Fonte: Na Telinha

Autor dá pistas sobre "Segundo Sol"


João Emanuel Carneiro se prepara para dar a cara a tapa de novo. Depois de uma trajetória ascendente na Globo, do megahit “Avenida Brasil” e da não tão bem sucedida “A Regra do Jogo”, que colocou um ponto final em sua parceria com a diretora Amora Mautner, o escritor volta aos holofotes com “Segundo Sol”, próxima novela das nove da emissora, desta vez fazendo dupla com o veterano Dennis Carvalho na direção.

“A gente tem medo de ser chato” - “Tenho uma coisa em comum com o Dennis: a gente gosta de verdade na atuação. E a gente tem medo de ser chato. O medo de ser chato é muito importante sempre. Não podemos perde-lo. Enfim… Será uma grande jornada agora. Que Deus nos ajude, né?”, disse João.

“Thriller psicológico” - Sobre a trama… “É uma história de emoção, de família, singela, que chega no coração das pessoas, que fala da capacidade do brasileiro de se reinventar, como uma escola de samba. Conto com o talento do Dennis para dar esse clima de thriller psicológico e mostrar as camadas dos personagens, essa densidade de cada um”.

“Ele tem algo de Macunaíma” - Sobre o protagonista, o cantor de axé Beto Falcão [Emilio Dantas], dono de um só sucesso, que estava por baixo na carreira e finge estar morto quando percebe que pode faturar mais com isso… “Ele tem algo de Macunaíma. É um herói, mas com lados humanos, falhos. É um anti-herói também: topa enganar o povo, dizer que morreu e continuar vivo. Esse é o dilema, o conflito interno dele”.

“São dois mascarados” - E por que apostar em um mocinho “torto”? “Torço mais por gente mais humana, que tem falhas, alguns problemas, do que por pessoas totalmente puras, perfeitas”. A mocinha [Giovanna Antonelli] também é controversa. Acusada injustamente de um crime, ela foge para outro país e deixa os dois filhos pra trás. A menina vira viciada em drogas, o menino, garoto de programa… “A novela é muito sobre a volta dessa mulher que teve a família quebrada juntando os caquinhos, tentando se reaproximar dos filhos… E, sem querer, ela reencontra esse homem [o Beto], que foi o grande amor da vida dela e acha que está morto. Então são dois mascarados, dois mortos se encontrando… Como eles se tornarão de novo uma família? Essa que é a pergunta”.

“Diferente da Carminha, é uma figura libertária, que afronta os outros” - Não dá pra não falar das vilãs! Adriana Esteves, consagrada na pele de Carminha de “Avenida Brasil”, é a malvada da história de novo, interpretando Laureta, uma promoter que na verdade é cafetina, uma mulher ardilosa que ajuda Karola [Deborah Secco] a separar os protagonistas. “A Laureta é diferente da Carminha. A Carminha era dissimulada. Fingia que era mãe de família e era uma tremenda duma doida. Essa aqui não, essa é uma figura libertária, que afronta os outros. Ela justamente gosta de afrontar, é original. Não deve satisfação a ninguém. É uma transgressora. Faz o que quer, e gosta. É bem diferente da Carminha, que dava satisfação aos outros”.

“Nem sob tortura” - E Karola? “A Karola é uma vilã palhaça, errada, que se atropela, se atrapalha. Não é que seja cômica, mas é uma vilã muito humana. Mais não conto, nem sob tortura. O segredo do novelista é guardar seus capítulos”. (por Michelle Licory)

Fonte: Glamurama

Giovanna Antonelli fala sobre "Segundo Sol"


Na nova novela da Globo para a faixa das 21h, de João Emanuel Carneiro, Giovanna Antonelli será a baiana Luzia, que sobrevive catando mariscos para sustentar seus dois filhos. Vítima de uma armação para lhe separar do seu namorado, terá que fugir do Brasil e abandonar tudo, até sua família.

"Acho João o máximo. Mas não faço ideia do que vai acontecer. E adoro essas surpresas", disse a atriz sobre possíveis reviravoltas na trama, uma das características do autor. Dentro outras novelas, João Emanuel Carneiro escreveu "Cobras e Lagartos", "A Favorita" e o grande sucesso, "Avenida Brasil".

Sobre seus outros trabalhos em novela, ela é direta: "escolho os que fiz porque amava fazer eles. Faria outra vez com prazer".

Em "Segundo Sol", Luzia se apaixonará por Miguel, que na verdade se trata do famoso cantor Beto Falcão, vivido por Emílio Dantas, dado como morto após um acidente aéreo. Para Giovanna Antonelli, não tem como comparar este trabalho com nenhum outro que ela já fez, e explica: "Toda criação é singular. Única, na minha opinião. Até porque todo ser humano é único.

Tendo as primeiras cenas gravadas na Bahia, a atriz classifica a experiência como "incrível" e revela que recebeu tanto carinho que voltou de lá "preenchida". "O sotaque é uma música gostosa de ouvir e contagia, não tem jeito", completa.

Sobre a caracterização da personagem Luzia, Antonelli diz que topou todas as mudanças e definiu o processo como "fantástico e fundamental". "Sobre cabelo, o (Fernando) Torquatto já tinha a proposta pronta na cabeça. De cara topei e amei", explica.

No novo folhetim das 21h, depois de quase 20 anos, Luzia terá uma segunda chance na vida, e retornará à fictícia ilha de Boiporã como a DJ Ariella, e tentará unir sua família.

"Não acho que o recomeço faça parte somente diante de decepções. Adoro recomeçar sempre. Traz frescor, esperança, renovação, reaprender é sempre bom. Ter a chance de recomeçar é um presente", responde Giovanna sobre lidar com a segunda chance diante de uma decepção.

Mãe de três filhos, a atriz diz que mesmo envolvida intensamente nas gravações, sua família sempre está em primeiro lugar e se desdobra a mil: "com prazer, pra poder pra atendê-los".

Na opinião de Antonelli, a novela tem inúmeros fatores que são capazes de conquistar a audiência e cita alguns deles: "família, amor, recomeço, segunda chance, reconstrução e união", e completa: "Já dá curiosidade e vontade de ver com tantos elementos, né?!".

"Segundo Sol" estreia no dia 14 de maio, substituindo "O Outro Lado do Paraíso".

Fonte: Na Telinha

Novela de Manuela Dias começa a ganhar vida


Um movimento vem chamando a atenção nos bastidores da Globo  nas últimas semanas.

A produção da novela de Manuela Dias, que tem o título provisório de "Troia", primeiro trabalho da autora para a faixa das 21h, está com uma produção bem adiantada para um produto que tem previsão de estreia somente para 2019.

A direção artística da trama é de José Luiz Villamarim, repetindo a parceria da minissérie "Justiça".

Nas últimas semanas, Villamarim vem conversando e fazendo convites para atores integrarem o elenco da nova novela, algo natural. Porém, isso vem despertado a atenção de alguns profissionais da Globo.

Embora a emissora seja organizada e trate seus produtos como indústria de entretenimento, a pré-produção de "Tróia" estaria ganhando forma numa velocidade e período que normalmente não acontece.

No elenco, já foram definidos os atores Cauã Reymond, Taís Araujo, Marjorie Estiano, Carol Duarte e vem conversando com outros. Além disso, a equipe de produção está praticamente montada.

"Troia" está prevista para estrear em junho do ano que vem, como sucessora de "O Sétimo Guardião", de Aguinaldo Silva, que está na Justiça numa disputa de direitos autorais.    

Fonte: UOL

Marco Nanini pede para deixar "Deus Salve o Rei"


Marco Nanini pode deixar o elenco de “Deus Salve o Rei” – trama das 19h da TV Globo. O intérprete do rei Augusto teria ficado insatisfeito ao ver suas cenas descartadas e pedido para sair do folhetim de Daniel Adjafre.

O ator também teria alegado que não é mais necessário na produção, tendo em vista que faria apenas uma participação especial, segundo a colunista Keila Jimenez.

Como forma de tentar manter o artista, os autores teriam prometido uma nova abordagem no núcleo do monarca para deixá-lo mais relevante na história. Contudo, nada ainda teria sido decidido.

Caso o famoso resolva sair, o rei deve entrar para a lista de personagens que morrerão com a peste negra, que está prestes a chegar em Montemor.

Questionada a respeito da possível perda no elenco, a Globo garantiu que Nanini não pediu para ser removido da trama.

Vale lembrar que o corte de cenas que aconteceu no folhetim veio depois da contratação de Ricardo Linhares como supervisor do enredo. A emissora tinha como objetivo deixar a história mais rápida e com um maior foco nos núcleos principais.

Fonte: MSN

Camila Queiroz será vigarista em novela das 19h


Camila Queiroz se prepara para o seu próximo trabalho na televisão. A atriz dará vida à vigarista Vanessa na futura novela da faixa das 19h, Verão 90 Graus. O folhetim de Izabel de Oliveira e Paula Amaral tem previsão de estreia para janeiro de 2019, segundo Camila.

“Nós começamos a gravar em setembro. Estou bem ansiosa para estudar a personagem,  que é muito diferente do que eu já fiz”, garante Camila a VEJA. “Pude ler um pouco dela e estou contando as horas. Ela não vale muita coisa: não parece ser uma vilã, mas é o tipo de pessoa que faz o que for preciso para chegar aonde quer. Ela é meio vigarista”, complementa.

O último trabalho de Camila na televisão foi como a protagonista Luíza Guimarães na novelaPega Pega, substituída em janeiro por Deus Salve o Rei. Antes de Verão 90 Graus ainda é esperado o lançamento do folhetimO Tempo Não Para na faixa das 19h da TV Globo.

Fonte: MSN

Angélica se despede do "Estrelas"


Depois de 12 anos no ar, o "Estrelas", comandado por Angélica, chegará ao fim neste sábado, 28. Fátima Bernardes e Lilia Cabral são as convidadas do último programa (foto abaixo). As três visitaram o Hotel Copacabana Palace, na Zona Sul do Rio. A apresentadora falou à coluna sobre a gravação:

- Foi muito emocionante. Não é fácil fechar um ciclo de sucesso. Nesse período, fiz amigos e vivi muita coisa linda. Achei que estava superpreparada para a despedida, mas o choro veio fácil. Já tenho saudades, mas também a sensação de que encerramos na hora certa.

Angélica terá um novo programa na Globo. A apresentadora trabalha no desenvolvimento do projeto junto com a equipe do núcleo de Ricardo Waddington:

- É tudo muito recente, mas já tenho ideias na cabeça. Não tenho pressa e me sinto renovada com as mudanças que virão. Os telespctadores me viram crescer e acompanharam todas as mudanças tanto da minha vida profissional quanto da pessoal. Claro que agora não será diferente. Hoje sou mãe de três filhos, uma mulher madura e consciente do meu papel no mundo. O que vem por aí será algo que tem a ver com o meu momento, com a minha verdade.

Fonte: O Globo

Eriberto Leão comemora o sucesso de Samuel


 Em "O outro lado do paraíso", Samuel, personagem de Eriberto Leão, vai se divorciar de Suzy (Ellen Rocche) e terá um final feliz ao lado de Cido (Rafael Zulu). O ator conta que ficou feliz com o desfecho escrito por Walcyr Carrasco:

- Eu gostei muito. Eu torcia para os dois ficarem juntos.

Segundo ele, ao longo da trama - que chegará ao fim na próxima sexta-feira, 11 -, o público se mostrou dividido:

- Uma parte sempre torceu para Samuel ficar com Cido. Outras pessoas gostaram quando ele teve uma filha com a Suzy e descobriu o amor paterno. Acharam que o personagem passaria a ter uma relação verdadeira com ela.

Eriberto diz que, depois da primeira conversa reveladora de Samuel com a mãe, Adinéia (Ana Lúcia Torre), passou a receber muitas mensagens de homens que se identificavam:

- Um deles me contou que sempre soube que era gay, mas negava isso. Ficou mais de dez anos casado e, um dia, resolveu abrir o jogo com a família. Ele já tinha filho crescido. No início, foi difícil a aceitação. Hoje em dia, ele e a ex-mulher são grandes amigos. Recebi dezenas de mensagens pelo Instagram. Daria até para fazer um livrinho. As pessoas se sentiram à vontade para contar suas histórias.

O ator afirma que não ouviu ou leu qualquer comentário preconceituoso em relação ao personagem:

- Isso não aconteceu, nem nas ruas nem no Instagram. Samuel foi muito bem recebido. As pessoas vêm falar comigo e com os outros atores do núcleo de forma positiva e carinhosa. Estamos vivendo um momento muito especial. Meu filho, de 7 anos (João), por exemplo, estuda numa escola grande, as pessoas sabem que sou pai dele. Em nenhum momento, houve alguma brincadeira equivocada. Ele nunca me trouxe qualquer relato disso. Sempre que vou aos eventos da escola, recebo o retorno caloroso dos outros pais.

Para Eriberto, a história, criticada em certos momentos por exagerar no tom de comédia, foi muito bem contada:

- Fizemos tudo com seriedade e verdade, apesar de se tratar de humor. Estudávamos muito antes de entrar em cena. Nos unimos e trocamos bastante. Foi uma sintonia fina. Eu sempre acreditei que o humor é uma grande ferramenta para tratar de determinados assuntos. Ainda mais agora, quando vivemos um momento de polarização na nossa sociedade. Acho que o tema é delicado e foi tratado com igual delicadeza por nós.


Além de João, Eriberto é pai de Gael, de 7 meses. O ator contou com o apoio da mulher, Andrea Leão (foto abaixo), para conciliar o cuidado com os filhos e a correria de gravações:

- Eu tenho uma companheira incrível, que é a minha base. Ela é uma grande mãe e me ajuda muito. Todo o tempo que tenho, quando não estou trabalhando ou cuidando da saúde, reservo para os meus filhos. Hoje levo uma vida social muito reservada. Amigos me visitam e eu visito também. O que tenho feito é ir ao cinema e ao teatro de vez em quando. Eu acordo cedo para levar para a escola e, sempre que posso, busco. Meu amadurecimento profissional vem da minha família. Estou feliz à beça. Amo muito ser pai e me emocionei na cena do parto da filha do Samuel.

Fonte: O Globo

Trilha de "Segundo Sol" ressuscita axé na Globo


“Já pintou o verão, calor no coração, a festa vai começar, Salvador se agita…” Os versos da canção “Baianidade Nagô”, que o Brasil conheceu com a Banda Mel 27 anos atrás, agora ecoam na voz de Maria Gadú.

Nos últimos anos substituída pelo sertanejo nas paradas de sucesso, a axé music está de volta aos ouvidos atentos ao principal produto da Globo, embalando a trilha da nova novela das 21h, “Segundo Sol”, que tem como protagonista um cantor de axé.


Tal retorno é celebrado por músicos e compositores baianos. Seria um fôlego novo ao gênero da axé music?

Sob nova roupagem, a trilha de “Segundo Sol” ressuscita antigos clássicos do axé como “Beija-Flor”, hit da Timbalada agora por Johnny Hooker, “O Mais Belo dos Belos”, ícone de Daniela Mercury que ganhou intepretação potente de Alcione, e “Beleza Rara”, sucesso de Ivete Sangalo agora por Thiaguinho.

A trilha também coloca os telespectadores em contato com o BaianaSystem, celebrada novidade da música baiana e responsável pela canção-título “Segundo Sol” na abertura do folhetim — uma ausência sentida é Ludji Luna, cantora baiana revelação da MPB no último ano.

Evandro Rodrigues, compositor de “Baianidade Nagô”, conta ao Blog do Arcanjo no UOL que “Maria Gadú mandou uma mensagem carinhosa”, o que o fez sentir-se “reverenciado por essa grande artista”.

Espécie de hino do Carnaval da Bahia, “Baianidade Nagô” se tornou “uma música atemporal” na visão do compositor. “São 27 anos desde a primeira gravação pela minha querida Banda Mel, que sempre acreditou na minha poesia”.

Sobre a atual crise que paira sob a axé music, opina: “Todo movimento musical tem seu boom, seu momento de visibilidade, com nossa música baiana não foi diferente; mas o importante é que os tambores continuam pulsando”. E prefere celebrar sua canção na trilha: “Sempre vi as novelas da Globo, agora me sinto parte dessa indústria de sonhos com minha música na novela”.


Margareth Menezes é outra que está contente com a trilha da novela, sobretudo por ter tido oportunidade de gravar sozinha em estúdio pela primeira vez a música “Faraó”, ícone do cancioneiro negro baiano.

A composição de Luciano Gomes estourou no Carnaval de 1987 e abriu portas internacionais à música baiana quando a cantora foi convocada pelo astro norte-americano David Byrne a abrir seus shows pelo mundo.

A gravação em estúdio de 1987 havia sido feita no disco de Djalma Oliveira, no qual Margareth fez a inesquecível participação especial em “Faraó”.

“Depois, nunca gravei a música em estúdio. Só em versões ao vivo, com aquela quentura de estar ali dançando. Então, gravar sozinha ‘Faraó’ em estúdio é algo inédito. Fizemos uma versão pop e bem diferenciada. Ficou ótimo”, afirma Margareth ao Blog do Arcanjo no UOL.

Marcel Klemm, gerente musical da Globo, conta que o critério de escolha da trilha feita por ele em parceria com o autor João Emanuel Carneiro, o diretor artístico Dennis Carvalho e a diretora-geral Maria de Medicis foi “músicas que ajudassem a contar a história” e que contemplassem “clássicos do axé”.

“É claro que numa novela onde um dos protagonistas é um cantor de axé music, procuramos canções que atingissem a memória afetiva das pessoas e que remetessem a esse universo”, explica.Para o gerente musical da Globo, a reinterpretação destas canções por novos cantores resultou da “da vontade de apresentar algo novo”.

“Boa parte dessas canções nunca foram regravadas por ninguém, apesar de serem incríveis. Através da novela prestamos homenagem a esse gênero tão relevante para a música brasileira, apresentando releituras para um público que talvez nunca as tenha ouvido”, afirma ao Blog do Arcanjo no UOL.

Questionado se a trilha com sucessos do axé pode ajudar o gênero a se levantar junto ao grande público, ele responde: “Não temos essa pretensão, mas se acontecer será ótimo. Música nunca é demais”.


Daniel Martins, doutor em sociologia pela Unicamp e pesquisador da cultura e da música baiana, diz ao Blog do Arcanjo no UOL que a exposição das músicas em horário nobre é benéfica para compositores, mas afirma: “Não creio que ajude o gênero a enfrentar uma possível crise”.

Ele explica por quê: “Ao serem reinterpretadas, as canções perderam muito da identidade do que se convencionou chamar de axé music. A releitura de ‘Me Abraça’ por Anavitória, por exemplo, é um belo trabalho, mas guarda pouco da energia eternizada por Ivete Sangalo nos idos de Banda Eva”, avalia.

“Em algumas, se a pessoa não conhece a versão original, dificilmente relacionará o que ouviu à axé music. Talvez uma releitura pelos intérpretes originais fosse mais interessante”, opina o sociólogo.

Uma faixa da trilha agradou o estudioso: “Um Canto de Afoxé para o Bloco do Ilê”, feita por Caetano Veloso, autor da versão original, agora ao lado dos filhos Tom, Zeca e Moreno. “Quem sabe se tivéssemos o Olodum revisitando “Vem Meu Amor” ou a Timbalada nos apresentando uma nova roupagem para “Beija-Flor”, alcançaríamos ambos os objetivos?”, deixa no ar.

“De todo modo, não deixa de ser uma iniciativa interessante o resgate de tais canções, mesmo que pelas vozes de novos intérpretes. A chamada axé music produziu um cancioneiro vasto e de grande qualidade que merece ser revisitado e observado com outros olhos”, fala o pesquisador.

Martins guarda um elogio à trilha: “Vale ressaltar a grande sensibilidade com que foi tratada a música baiana, ao reunirem em uma mesma trilha sonora Gal, Caetano, Gil, Armandinho, Moraes Moreira, Magareth Menezes, Netinho, Daniela Mercury e BaianaSystem. Fica evidente como os velhos, novos e novíssimos baianos são capazes de conversar muito bem entre si e com a geração que está chegando agora”, finaliza. Afinal, todos têm a tal baianidade nagô, eternizada poeticamente naquela canção-hino do Carnaval da Bahia.

Fonte: UOL

Morre o humorista Agildo Ribeiro aos 86 anos


O humorista Agildo Ribeiro morreu, aos 86 anos, em sua casa no Leblon, zona sul do Rio. Um dos grandes nomes do humor televisivo no país, o comediante teve uma longa carreira, que começou no teatro ainda nos anos 1950, passou pelo rádio e alcançou o auge na TV, onde foi um dos primeiros contratados da TV Globo e esteve à frente de programas como "Satiricom" (1973) e "Planeta dos Homens" (1976).

Seu mais recente trabalho foi uma participação no "Tá no Ar: A TV na TV", da Globo, este ano.

Agildo sofria de um grave problema vascular e, após uma queda recente, vinha apresentando dificuldades para se manter em pé por muito tempo. A morte foi confirmada pela assessoria da TV Globo na manhã deste sábado (28).

A mais recente aparição pública dele foi no "Prêmio do Humor", organizado por Fabio Porchat em março, no Rio, onde foi homenageado. Na ocasião, Agildo não deixou de fazer piada: "É quase uma homenagem póstuma. Estou com um probleminha na coluna porque levei um tombo. Não posso subir degrau. Aliás, não posso subir muita coisa há muito tempo", disse ele, arrancando risadas da plateia.

O humorista relembrou que seu pai era contra ele se tornar artista. "Meu pai, capitão Agildo Barata, comunista, não queria que eu virasse artista. Queria que eu fosse militar. Mas fui expulso do colégio militar por causa de disciplina".


Trajetória - Nascido no Rio de Janeiro em 26 de abril de 1932, em uma família de políticos e militares, começou a mostrar seus talentos para o humor ainda na escola, quando fazia sucesso com suas imitações. Saiu então do colégio militar direto para o teatro, onde iniciou a carreira artística. Sua estreia veio na peça, "Joãozinho Anda pra Trás" (1953), de Lúcia Benedetti, ao lado de Consuelo Leandro, Oswaldo Loureiro, Glauce Rocha e Sérgio Cardoso.

O sucesso no teatro --especialmente com o João Grilo da primeira montagem de "O Auto da Compadecida" (1957), de Ariano Suassuna-- rendeu uma passagem pelo rádio e, logo em seguida, convites para atuar na TV.

Junto com Marília Pêra, com quem foi casado de 1965 a 1968, e Augusto César Vannucci, Agildo foi um dos primeiros artistas contratados pela Globo, inaugurada em abril de 1965. Sua primeira produção na emissora foi o musical "Forrobodó", baseado na peça de Chiquinha Gonzaga, exibido no mesmo ano.

Conhecido como o "Capitão do Riso", o humorista emplacou então produções que ficariam marcadas na memória da TV brasileira, como o programa de auditório "Mister Show" (1969), ao lado do ratinho falante Topo Gigio; "Satiricom" (1973), primeiro programa da TV Globo a satirizar a programação da própria emissora; e "Planeta dos Homens" (1976-1982), que apresentava ao lado de Jô Soares e onde criou um de seus personagens mais famosos, o professor de mitologia tarado Aquiles Arquelau.

Na Globo, ele participou ainda de shows e humorísticos como "Chico City" (1973), a retomada da "Escolinha do Professor Raimundo" dentro de "Zorra Total" (1999) e o novo "Zorra" (2015).

O comediante também atuou em Portugal por dois anos e, em 1999, aceitou o convite de Chico Anysio para voltar ao Brasil e integrar o elenco do "Zorra Total", como aluno da "Escolinha do Professor Raimundo". No programa, também interpretou personagens como o professor português Laércio Falaclaro e integrou a reformulação da atração em 2015.

O comediante trabalhou também na Band, em "Agildo no País das Maravilhas" (1987), no SBT, em "Não Pergunta que eu Respondo", e na extinta Manchete, na novela "Mandacaru" (1997).

No cinema participou mais de 30 filmes, entre eles, "Crime no Sacopã" (1964), "Homem do Ano" (2003) e "Casa da Mãe Joana" (2008).

Além do casamento com Marília Pêra, Agildo se casou outras quatro vezes, a última com a bailarina e atriz Didi Barata Ribeiro, com quem passou 35 anos, até a morte dela, em 2009. Ele deixa um filho.

Fonte: UOL

Morre aos 93 anos a atriz Eloísa Mafalda


Eloísa Mafalda morreu aos 93 anos na quarta-feira (16/05), em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro, por causa natural.

Durante a carreira, Eloísa viveu importantes personagens na TV brasileira como Dona Pombinha em "Roque Santeiro" (1985) e Dona Nenê na primeira edição da série "A Grande Família" (1972). Ela deixa dois filhos, Mirian Teixeira e Marcos Teixeira, dois netos e dois bisnetos. De acordo com informações da família, o enterro será em Jundiaí, interior de São Paulo.

O neto da atriz, Marcello Berro se despediu da avó com uma homenagem publicada em sua conta do Facebook. "Foi a primeira mulher que me pegou no colo. Sim! Antes de colocarem no colo da minha mãe, ela pegou da mão da obstetra e disse: - É meu neto! Nosso amor sempre foi explícito. Quando aprendi a escrever, escrevi em todos os livros da casa dela, listas telefônicas, paredes, gavetas."

Mafalda Theotto, mais conhecida como Eloisa Mafalda, nasceu em 18 de setembro de 1924. Ela começou a carreira na rádio e estreou na televisão na TV Paulista.

Na Globo, realizou trabalhos marcantes que a popularizaram com papéis como a Dona Nenê, da primeira versão de "A Grande Família" (1972), Maria Machadão, de "Gabriela" (1975), Gioconda Pontes, de "Pedra Sobre Pedra" (1992) e Manuela, do remake de "Mulheres de Areia" (1993). Ela ainda deu vida a Dona Pombinha, da novela "Roque Santeiro" (1985).

Seu último trabalho foi na novela "O Beijo do Vampiro" (2002), em interpretou Dona Carmem.

Eloisa ainda teve experiência no cinema, sendo seu primeiro filme o longa-metragem "Somos Dois", de 1950. Ela ainda atuou em "Simão, o Fantasma Trapalhão" (1998).


Eloísa Mafalda e Jorge Dória interpretaram Dona Nenê e Lineu na primeira versão de "A Grande Família" (1972)

Fonte: UOL