Eu não sei explicar o sucesso das novelas do Manoel Carlos, mas que são chatas pra burro, isso eu acho. Não perco o meu tempo com elas. É apenas uma opinião pessoal.
De fato tenho de reconhecer que ele tem uma habilidade nata para extrair os mais profundos sentimentos do ser humano, capta a alma, independente do tema abordado. Por outro lado, exagera ao extremo na dose em detrimento da ação, do avançar da trama. E a prova de que suas novelas são vazias de tramas é aquela quantidade infindável de personagens (inclusive barrada pela Globo em Viver a Vida).
Em resumo: uma centena de persongens (alguns aparecem de 15 em 15 dias), horas e horas falando de comida, bebida, cabelo, casa, paisagem; horas e horas de bossa nova (agora introduziram Mariah Carey na trilha), um Leblon que mais parece Miami (só existem ricos e abastados), uma trupe de empregados felicíssímos que vivem sendo elogiados e rindo para as paredes, uma criança chata e insuportável (que é um péssimo exemplo para os nosso filhos), e com isso faz-se uma novela.
O que tenho reparado ultimamente é que a maioria desses grandes nomes da dramaturgia não aplicam essas técnicas de roteiro que aprendemos nos cursos e cursinhos.
Sugiro aos colegas roteiristas a assistirem um capítulo de alguma novela atentando unicamente para este detalhe: a construção de cada cena e da trama em si. Depois assistam alguma coisa escrita por Doc Comparato, por exemplo, que é um autor com conhecimento técnico. A diferença é enorme...
Logo chego à conclusão de que o fato de estarem ali, naquela posição, é apenas uma questão de oportunidade e não de conhecimento técnico.
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