segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Tempos Modernos estréia hoje com árdua missão


A nova novela das sete estréia hoje com uma missão duríssima e várias cabeças à prêmio. O sucesso ou fracasso dessa produção lançará luz sobre uma série de questionamentos.

O duro desafio será manter os índices de audiência de sua antecessora, “Caras e Bocas”, que em algumas vezes superou os de “Viver a Vida”, o “boeing” da programação da emissora. Segundo informações, extra-oficiais, “Tempos Modernos” teria sido concebida usando a mesma fórmula, justamente para não espantar os telespectadores: tramas ágeis, humor leve e um pouco de comédia pastelão. Mas quem entende de roteiro sabe muito bem que não existem fórmulas prontas para o sucesso de uma novela. “Se fosse fácil não seria difícil”, como disse certa vez um famoso jogador de futebol.

Do desempenho da novela também dependerá o prestígio de pelo menos três profissionais, só para citar os mais importantes:

O autor, Bosco Brasil – Depois de anos se alternando nas funções de “colaborador” e “co-autor”, com passagens pelo SBT e Record, o autor retornou à Globo com o desafio de assinar, sozinho, sua novela solo. Seu sucesso pode levar a alta cúpula da Globo a baixar a guarda e abrir espaço para autores menos experientes. Seu fracasso fechará ainda mais as portas, limitando o já seleto grupo de autores da casa.

O diretor, José Villamarim – Na Globo desde 1995, com passagem por várias novelas e trabalhos em parceria com diversos diretores de prestígio da casa, esta será a primeira vez que o diretor assumirá o posto de “diretor artístico” de uma obra. Seu sucesso pode credenciá-los a outros vôos na emissora. Seu fracasso pode relegá-lo ao posto anterior, o de trabalhar sempre sob a supervisão dos outros.

O supervisor, Aguinaldo Silva – Quem acompanha a carreira deste badalado autor sabe que ele é extremamente “narcisista”, “egoísta” (nas suas palavras) e não flerta com outra coisa que não o “sucesso”. Porém, no caso desta novela, deixou bem claro em seu blog que está apenas lendo os capítulos e dando alguns toques ao autor. Não pretende interferir no trabalho do outro por considerá-lo um excelente autor, com bagagem mais que suficiente para conduzir sua novela solo. O sucesso da trama apenas servirá para inflar, ainda mais, o já inflado ego do supervisor. Mas no de fracasso levantará um questionamento que deixará muita gente de cabelo em pé: qual seria mesmo a utilidade de um “supervisor” tão experiente? Qual a sua capacidade para interferir no sucesso ou fracasso da trama?

Todas estas e mais algumas respostas, nos próximos meses...

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