segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Holofotes em Diamantina para "A Cura"


O diretor Ricardo Waddington e o elenco, com Selton Mello e Carmo Dalla Vecchia, passam 25 dias no interior de Minas Gerais para gravar “A Cura”, que estreia em agosto evocando o sobrenatural

Foi entre montanhas, ladeiras e ruas de Diamantina, em Minas Gerais, que a Rede Globo armou um enorme set durante o mês de junho. A pacata e bela cidade localizada a quatro horas de Belo Horizonte foi escolhida pelo autor João Emanuel Carneiro como cenário da série A Cura, que tem estreia prevista para 10 de agosto. O trabalho marca a retomada de uma parceria antiga - de 26 anos - entre o diretor Ricardo Waddington e o ator Selton Mello. Depois de quase três anos longe da tevê, Selton volta como protagonista dessa história mística. "Já estava com saudade dessa comunicação com o público. Tenho feito tantos trabalhos lindos no cinema, mas nem sempre eles encontram seu público. Isso, às vezes, é decepcionante", comentou Selton.

A proposta, segundo Waddington, é que a atração tenha um tom de interior do Brasil e 80% do elenco é mineiro - inclusive Selton, que é da cidade de Passos. "Ele é um ator de grande inspiração. Sabe tudo de cena", elogiou o diretor, que lembra da primeira vez em que os dois trabalharam juntos, quando ainda era assistente de direção e "Selton era um garotinho". No elenco, estão também Ary Fontoura, Carmo Dalla Vecchia e Andréia Horta.

A série conta a história do retorno de Dimas Bevilláqua (Selton) à Diamantina. Ele deixou a cidade ainda criança, quando foi acusado do assassinato de um colega. Foi para São Paulo e se formou em medicina. Vinte anos depois, ao voltar, descobre ter uma milagrosa capacidade de cura. É nessa dualidade de assassino e curandeiro que se desenvolve a trama. "Essa complexidade me fascina. É uma história misteriosa, cheia de lacunas. Acho que pode prender o espectador que esteja ávido por um assunto tão nobre", opinou Selton. Para aproximar o telespectador de todo drama vivido por Dimas, João Emanuel retorna ao século 18, mostrando a chegada dos antepassados do personagem à região.

Superprodução

Durante 25 dias de junho, uma equipe formada por 150 pessoas ocupou dez pousadas e mudou o ritmo da cidade. As gravações externas começavam às 8h da manhã e se estendiam até às 17h30, quando o sol desaparecia entre as montanhas. "Era uma grande alegria, uma energia positiva, apesar do trabalho duro", disse Waddington, ao lembrar que o elenco passava cerca de dez horas subindo e descendo ladeiras de pedras. "Todo mundo entendeu por que as mulheres mineiras são tão lindas. Elas malham demais, é mais esforço que academia", brincou o diretor.

Para criar a textura cinematográfica da minissérie que Waddington perseguia, foi utilizada uma única câmera digital F35 - a mesma da minissérie Dalva e Herivelto. Do Rio de Janeiro, partiram três caminhões, com objetos da produção de arte, figurinos e cenografia. "Minha preocupação foi fazer um trabalho de qualidade, que emocione as pessoas", afirmou o diretor.

Fonte: Isto é Gente

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