Você já trabalhou muitas vezes com Daniel Filho. Como é a relação profissional entre vocês?
Já fiz muita coisa com Daniel, nossa parceria é longa. A primeira direção dele em teatro, por exemplo, foi comigo, na peça “As mulheres da minha vida”. E a partir daí foram peças, novelas, filmes…
E como foi que você entrou em As Cariocas?
Ele me chamou e eu topei na hora, nem precisei ler o roteiro. Eu sei que o Daniel se envolve muito com os projetos, todos são de altíssima qualidade e eu não precisaria me preocupar. Foi mais pelo prazer de trabalhar novamente com ele.
O que mais te interessa na direção de Daniel Filho?
Tem um humor muito bom no episódio que ele consegue dosar e transmitir muito bem. O Daniel é muito atento ao trabalho do ator e tem uma noção muito boa do conjunto da história. Apesar de ter uma visão fechada do que ele quer da cena, ele permite uma abertura com os atores. E isso acaba sendo muito positivo.
Em A Adúltera da Urca você faz par romântico com Sonia Braga e são novamente o casal Cacá e Júlia, que interpretaram na novela “Dancin’ Days”. Como foi trabalhar com ela novamente?
Tive esse prazer adicional. Trabalhamos juntos em 1978, e depois nem nos vimos mais. Salvo em uma vez que nos cruzamos em Nova York, mas foi muito rápido. Esta série me proporcionou um reencontro muito emocionante.
O que Cacá e Júlia de “Dancin’ Days” têm em comum com os de As Cariocas?
Só tem o mesmo nome. O casal de As Cariocas é mais suburbano, apesar de morar na Urca, e é bem mais pacato. Os nomes foram somente uma homenagem, porque os personagens não têm nada a ver entre si!
Como foi fazer um casal “Cacá e Júlia” com Sonia Braga tão diferente do primeiro?
Foi divertido exatamente por isso. Nós tivemos a oportunidade de trabalhar juntos, com os mesmos nomes dos personagens de anos atrás e com personalidades completamente diferentes.
Como você definiria o Cacá de A Adúltera da Urca?
Ele é casado, apaixonado pela mulher, parece ter ciúmes dela… Mas tudo é aparência, não posso falar muito porque senão estraga o mais gostoso da série!
Você se identifica com ele de alguma forma?
Não, não… (risos)
Nem mesmo no quesito ‘homem apaixonado’?
Não, porque acho que a paixão dele se traduz de uma forma equivocada.
A Adúltera da Urca também traz Regina Duarte no elenco…
O meu personagem, infelizmente, não contracena com o da Regina. Estive com ela nos bastidores, o que foi ótimo, mas não atuamos juntos. O que é engraçado, porque ela talvez tenha sido a mulher com quem eu mais fiz par romântico. Foram três ou quatro, no total. Ela talvez não diga isso, porque pode ser que o Francisco Cuoco tenha ganhado de mim.
O que você achou do nome da personagem de Regina Duarte se chamar Malu, como em Malu Mulher?
Pois é, teve essa brincadeira também. Achei bem lúdico da parte do Daniel fazer essas homenagens. Enriqueceram o episódio.
Fonte: globo.com
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