A apresentadora Fátima Bernardes sairá do
Jornal Nacional, anunciou a Rede Globo em coletiva realizada no Rio de Janeiro
na manhã desta quinta-feira (1). Patrícia Poeta, atualmente no Fantástico,
substituirá a jornalista, que fica no jornal até a próxima segunda-feira, quando
haverá uma edição especial. "Eu vou continuar com funções jornalísticas.
Mas não vou anunciar detalhes desse projeto por uma questão estratégica. A
gente vai se reunir em outro momento para detalhar detalhes do programa",
revelou a jornalista.
Fátima apresentará um programa que ainda está
sendo mantido sob sigilo e que entrará na grade em 2012. No lugar de Patrícia
Poeta, no Fantástico, ficará a jornalista Renata Ceribelli, que já apresenta
ocasionalmente o programa.
"O que está acontecendo aqui hoje remonta
quatro anos, quando a Fátima Bernardes me procurou para falar sobre o projeto
de um programa para apresentar na grade da Globo. E ela de fato queria investir
no projeto, porque em 2009, ela foi mais incisiva: vamos marcar uma
data?", contou Carlos Henrique Schroder, diretor geral de Jornalismo e
Esporte da Rede Globo.
Como 2010 seria um ano de Copa do Mundo e de
Eleições Presidenciais, Shoreder pediu à Fátima que continuasse mais um ano na
bancada do "JN". "Combinamos que em abril deste ano, ela trouxesse
o projeto pronto. E ela trouxe um projeto sensacional. O Otávio (Florisbal)
aprovou a idéia de levá-ló para a grade do ano que vem. Não diremos ainda o
horário nem a periodicidade do programa", explicou.
A jornalista Fátima Bernardes, de 49 anos, estava
na bancada do Jornal “Nacional” --do qual também é editora-executiva -- desde
1998, ao lado do marido, o editor-chefe do programa, William Bonner. O casal
assumiu a apresentação conjunta do jornal depois que Cid Moreira, Hilton Gomes,
Sérgio Chapelin, Celso Freitas e Lilian Witte Fibe passaram pela bancada desde
a estreia em 1969.
Fátima trabalhou primeiro como repórter do
jornal carioca “O Globo” e então entrou na Rede Globo em 1987, após passar em
um curso de telejornalismo da emissora. Seu primeiro trabalho no ar foi no
extinto “RJTV 3ª edição”. Depois, a jornalista entrou no “Jornal da Globo” em
1989, no “Fantástico” em 1993 e no “Jornal Hoje” em 1996, antes de ficar no
“Jornal Nacional” por 13 anos ao lado do marido.
O casal é pai dos trigêmeos Vinícius, Beatriz
e Laura, nascidos em 1997. Durante o trabalho no “Jornal Nacional”, Fátima
destacou-se na Copa de 2002, ano em que o Brasil foi pentacampeão. A jornalista
foi eleita a “musa da seleção” pelos próprios jogadores.
Fátima, Patricia e Renata falaram também do
público:
Renata
Ceribelli
"Já aprendi muitas lições no trabalho.
Uma das principais veio do contato mais próximo com o público: ficou provado
para mim que a espontaneidade diante da câmera realmente resulta em uma maior
'intimidade' com quem está do outro lado. Depois do Medida certa, penso sempre
nisso nas minhas reportagens. E agora também vou 'exercitar' uma maior
espontaneidade na apresentação. O Fantástico é uma revista eletrônica que está
sempre à frente, nas notícias e na linguagem. Um programa que está sempre de
olho nas tendências e, por isso, surpreende. E eu espero que todos continuem se
surpreendendo com a gente."
Patrícia
Poeta
"O período no Fantástico foi incrível
para mim. Como apresentadora, vivi toda semana o desafio de buscar o tom ideal,
a dose adequada de informalidade, a afinidade com meu parceiro, Zeca Camargo.
Acho que conseguimos avançar muito na apresentação do programa. Como repórter,
tive espaço e incentivo para buscar furos, entrevistas exclusivas, material que
só o Fantástico teve. Surpreendemos o telespectador em vários momentos nos
últimos anos. E, por último, como criadora e realizadora, consegui uma parceria
produtiva com os colegas da área de dramaturgia da Globo. Criamos e exibimos
vários quadros que misturavam jornalismo e dramaturgia, e este era um desejo
antigo meu. Agora, nosso encontro semanal passa a ser diário. De segunda a
sexta. Estarei esperando vocês."
Fátima
Bernardes
"Eu tive o privilégio de cobrir os
grandes assuntos nacionais e internacionais. Cresci muito profissionalmente. Vi
o JN também se transformar. Vi nossa bancada passar a receber convidados que
seriam entrevistados por nós. Impossível descrever a emoção, a tensão, a
responsabilidade de entrevistar ao vivo, diante dos ouvidos e olhos atentos de
milhões de telespectadores, os candidatos à presidência do Brasil. Saí do
estúdio sempre que a notícia exigiu. Vi o Brasil ser penta no futebol. Logo eu
que amo esse esporte. Sempre tive consciência de que estava trabalhando no mais
importante telejornal do Brasil, no mais visto. Eu fui muito feliz e, o melhor,
eu sabia. Eu só posso agradecer, muito, pelo carinho com que os telespectadores
sempre me recebem por onde quer que eu passe. A torcida para que a minha vida
pessoal e profissional dê certo. Eu sinto isso nos olhares, nos sorrisos, nos
abraços e beijos que ganho pelas ruas. E aproveito pra já pedir que tenham
paciência e que me aguardem porque vou voltar cheia de gás e de novidades para
o nosso reencontro no ano que vem."
Com informações do UOL e G1
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