Morando no Brasil há oito anos, o ator
Ricardo Pereira, 34, praticamente abandonou o sotaque português de sua terra,
Lisboa. Familiarizado com a cultura do país, o Vicente de "Aquele
Beijo" revelou ao "F5" sua paixão pela cidade onde mora e disse
que daqui não pretende sair.
"Já encarei essa mudança de sotaque. Já
e uma coisa automática. E estou aqui há muitos anos. Fui o primeiro estrangeiro
a fazer um protagonista em novela da Globo e a ter contrato a longo prazo com a
emissora. Então me apaixonei e é aqui que quero ficar", afirmou.
A primeira aparição de Ricardo por aqui foi
em 2004, na novela "Como Uma Onda", no horário das 18h.
Ricardo disse que há muitas semelhanças entre
os dois países no modo de fazer novela e que a parceria entre a Globo e a SIC
(rede de televisão portuguesa) acabou estreitando ainda mais as relações entre
as duas nações.
"São dois povos irmãos. Não tinha que
ser de outra maneira. São povos muito conectados e trabalham sempre em
parceria. Em Portugal também se vive esse universo intensamente",
explicou.
Atualmente, a Globo tem hoje em seu quadro
mais três atores portugueses: Maria Vieira e Marina Mota , as irmãs Brites e
Amália, que também atuam na novela das 19h, e Paulo Rocha, o Guaracy de
"Fina Estampa".
Ricardo continua fazendo muitos trabalhos em
seu país, mas revelou que hoje tem preferência por estar por aqui.
"Faço coproduções da SIC, faço muito
cinema, publicidade, mas estou onde a Globo me pede pra estar. O ator é pro
mundo, mas minha base é aqui. Eu venero o Rio".
Reta
final - Na
reta final da novela de Miguel Falabella, seu personagem sofreu uma mudança
radical. Do advogado bom moço, ele se tornou um deficiente físico amargurado,
após levar um tiro de Juan (Manolo Cardona). Mas o ator adiantou que sairá da
cadeira de rodas em breve.
"O Vicente já decidiu que vai ser
operado e vai recuperar o amor de sua vida, que é a Cláudia (Giovanna
Antonelli). Gravo amanhã (15) a entrada para a cirurgia e o Vicente vai cheio
de esperanças".
Há dois anos, Ricardo foi embaixador do
"Programa Nacional do Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social
(AECPES)". Ele revelou que usou a experiência para essa nova fase de
Vicente.
"Tenho amigos próximos em cadeiras de
rodas e conversei bastante com eles. Isso não é um problema, é uma condição de
vida. E tem pessoas que são até mais otimistas que muitos que não estão em
cadeiras de rodas. Isso me deixa motivado", disse.
Pai de Vicente, de três meses, o ator quer
agora férias após o fim das gravações para curtir mais o filho e planejar sua
estreia no teatro brasileiro.
"Esse é o ano da minha estreia no teatro
no Brasil. Em Portugal eu fazia teatro todo ano e essa era minha base",
revelou.
Fonte: F5
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