No começo de todo ano existe a expectativa
que possa ser mais intensa a disputa entre as principais emissoras. Este é um
desejo de muito tempo e no início deste 2012 não foi diferente, só que na
prática as coisas continuaram exatamente como sempre foram.
Aliás, uma pesquisa recente encomendada pela
Bandeirantes, mostrou que, na opinião do público, somente a Globo e ela, Band,
cada qual de acordo com as suas possibilidades, se preocuparam em apresentar
novidades para o telespectador.
No fechar das cortinas de mais este ano
verifica-se que isto foi, mais uma vez e guardadas as devidas proporções, uma
grande verdade. Um retrospecto rápido nos coloca exatamente nesta direção.
Se pode fazer restrição a qualidade, ou a
falta de, deste ou daquele programa, mas é impossível negar e não reconhecer o
empenho, especialmente dessas duas emissoras, em renovar a sua grade e tentar
surpreender quem está em casa com alguma novidade. Ao contrário de outras.
Mas, uma a uma, vamos verificar o que
aconteceu.
A Rede TV! continua em franca decadência. A
situação que já era ruim em 2011, ficou muito pior neste ano que está
terminando. Não deram em nada todas as tentativas realizadas na sua grade de
programação, e aí se incluem a contratação do Rafinha Bastos e o "Saturday",
o lançamento de um novo programa com o Gilberto Barros aos sábados e mais nada.
Muito pouco para uma televisão que chegou se anunciando como a que mais crescia
no Brasil.
A Band começou o ano tirando o
"Pânico" da Rede TV! e lançando alguns programas, que mesmo
contestados deram um barulho interessante. O "Mulheres Ricas", por
exemplo, foi um deles, assim como o "Conversa de Gente Grande", do
Marcelo Tas e o "Deu Olé", do Felipe Andreoli, Denílson e Paloma
Tocci. Teve também a estreia da Adriane Galisteu, com o "Muito +",
que não apresentou "preparo físico" suficiente para aguentar nada
além do que dez meses no ar.
Para a Record, de modo particular, 2012 está
perto de ser um ano para ser esquecido. Se coube a ela o privilégio de
transmitir, pela primeira vez, com exclusividade uma Olimpíada na TV aberta,
nos demais setores da sua programação as coisas sempre estiveram muito
difíceis. Na teledramaturgia, citando como boa exceção a minissérie "Rei
Davi", nada de mais interessante aconteceu. Ao contrário, foram muitas as
desilusões. Entre as tantas, "Máscaras", do Lauro César Muniz, pela
expectativa que existia em cima dela e por todos os outros motivos que se pode
imaginar. "A Fazenda" ficou naquilo das edições anteriores e a perda
da vice-liderança para o SBT foi só uma simples consequência da imensa
quantidade de erros cometidos, entre eles, o desespero da sua direção em, a
todo instante, mexer com a programação. "Rebelde", por exemplo,
chegou ao cúmulo de quase 60 trocas de horário. Nada resiste a uma insanidade
deste tamanho.
Mas há controvérsias se houve merecimento do
SBT em retornar ao segundo lugar. Por méritos próprios, com toda certeza, não
foi. A aposta maior está em cima da incompetência das demais concorrentes. Ou
na aposta do arquivo e tudo mais que existe de velho que um dia deu certo, com
destaque para a uma nova produção de "Carrossel", reprises de antigas
novelas na faixa da tarde e, agora, a volta do Bozo. No mais é o mesmo SBT de
antigamente. Tivesse televisão cheiro, certamente o dela seria de naftalina.
A Globo, que agora alavanca a sua temporada
com o BBB, teve um 2012 de experiências muito boas e outras nem tanto. A velha
tática de não mexer em time que está ganhando foi novamente utilizada em muitos
casos, como no jornalismo e na própria linha de shows. Em todas as faixas, as
novelas, mesmo em casos de altos e baixos, continuaram na liderança, com
destaques para "Cheias de Charme" e "Avenida Brasil".
Foram imbatíveis os seus telejornais, as
transmissões do futebol e programas, como "Fantástico",
"Domingão", "Caldeirão", "Mais Você", "Vídeo
Show" e por aí afora.
E a eles se juntaram, como novidades, o
"Encontro", da Fátima Bernardes, o bom e interessante "Na
Moral", do Pedro Bial - que nos leva a esta rima horrorosa e o lançamento
do "The Voice Brasil".
A grande baixa ou maior desilusão,
indiscutivelmente, foi o "Casseta", que não mostrou porque voltou.
Uma decepção.
É a televisão de 2012, na sempre expectativa
de um ano melhor pela frente.
Fonte: UOL
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